segunda-feira, 29 de março de 2010
Ser humana
Não sabia muito o que fazer, o que sentir, o que pensar, o que falar.
Será que estava perdida?
Será que não conseguia mais se olhar no espelho?
Será que não se reconhecia? Ou não queria reconhecer-se?
Não queria se enxergar, ou se ver, ou se olhar?
Mesmo assim, para isso, não precisava de espelho. Não precisava de amigos, não precisava de Mãe.
Não no momento em que se encontrava.
Ou não no momento em que não se encontrava.
É! Hoje ela não se encontra.
Não é mais a mesma de ontem e não será a mesma de amanhã.
Isso é ser humana. Isso é ser natural.
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Acredita em tudo que dizem.
Mas consegue as vezes ser desconfiada.
Brincou de barbie durante algum tempo com uma amiga de infância.
São amigas até hoje.
Construiu amizades sólidas e verdadeiras.
Sonha em se casar.
Faz as unhas de vez em quando.
Não gasta muito com roupa.
Faz dietas malucas.
Adora espremer cravos. Odeia ficar com o rosto todo machucado.
Tem muito nojo de rato.
Bate na madeira três vezes, como superstição.
Adora caminhar.
Parece muito prática.
Lava a louça sempre que necessário.
Prefere o dia, do que a noite.
Gosta de usar maquiagem.
Gosta de regras.
Chora na tpm, vendo filmes, lendo livros, no telefone.
Tem ataques de euforia.
Adora ficar sozinha quando se sente segura.
Adora ficar em casa.
Tem preguiça de sair para night.
É viciada em café. E começou a tomar chá para intercalar e diminuir a quantidade de ingestão de café.
Agora é viciada em chá, também.
Não parece muito compreensiva.
Se acha radical.
Tem dificuldade para assistir tv.
Se acha bonita, mesmo imperfeita.
Não tem frescura.
Adora ser mimada. E por isso se acha chata.
Gosta de estudar.
Acha que pergunta demais sobre tudo.
Não sabe sobre muitas coisas.
Muda de ideia com facilidade. Mas, não muda de vontades.
Odeia se sentir constrangida.
Adora ser respeitada e compreendida.
Sorri com facilidade.
Se acha impaciente e intolerante.
Gosta das pessoas. Mas, não gosta de ser sociável.
É muito distraida.
Prefere a crítica ao elogio.
As vezes fica no silêncio.
Não tem medo do escuro.
Gosta de rotina.
Funciona sobre pressão.
Ainda assim...
Ama ser humana.
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Continuo aqui
(Gabi Dornelas)
Eu, não tenho medo da morte
Estou aberta pra sorte
Não me preocupo o tempo inteiro em ganhar
Eu, posso esconder meus pecados
Fazer de tudo errado
E mesmo assim não vou me recriminar
Eu, acho que a vida tá curta
E que as vezes se surta
Mas o que vale é se garantir
Eu, não to podendo nem devendo tanto
Sou de risada e também sou de pranto
E contra tudo continuo aqui
Eu, já não duvido de nada
Mas não acredito em conversa fiada
Finjo de besta só pra me distrair
Eu, nunca me sinto muito normal
Da minha vida faço meu carnaval
E acho gosto em sempre me iludir
Eu, quando já sinto que a coisa tá preta
Coloco os medos todos numa gaveta
A solução pro nosso povo é sorrir
Pra mim, viver já é o remédio
Só me assusto com tédio
Contrariando, continuo aqui
Conversa é só sem eira nem beira
Melhor gandaia é na segunda-feira
Semana toda tento me distrair
Eu sei, todo esse samba tá me deixando louca
Cabeça cheia, coisa certa na boca
Cada palavra faz eu me permitir
Eu, agora sonho de tudo
Quero viver cada destino absurdo
Tenho chegada mas não quero sair
E se você, não entendeu o que eu digo
Não se incomode amigo
Eu cuido do meu umbigo, e continuo aqui
Eu continuo aqui...
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Lindonaaaaaaaaaaaa!!! Que bom que você voltou!!! Nossa, esse seu post tem uns poemas belíssimos. Sabe, também tive momentos de desistir do blog, mas eu reconheço que ele é a minha válvula de escape em muitos momentos. Fico feliz por ter voltado. Ah!! Obrigada pela torcida da monografia!! Aliás, a defesa será amanhã (31/03) às 20:30h. Sala A503 (anexo). Se estiver afim, de bobeira e quiser passar por lá, será muito bem vinda. Bjão
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