sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Seu Chico


O Bar da Esquerda

Por Elaine Tavares.


A tarde era de sol e abafada. Um dia triste. Encantava aquele que acordou o Campeche nos anos 80, para a alegria, para a política, para vida. Seu Chico. A praia era raiz, tinha pouco "haule" e o que era um rancho de pesca virou um bar. Lugar de acolhimento, de sombra, de água fresca e de histórias. Quando ninguém na cidade abrigava o povo da esquerda era ali que se faziam reuniões e festas. Ali se conspirava e sonhava. A figura simples e direta do Seu Chico atuava como um regaço, onde as gentes que faziam a luta podiam descansar.

Chico era homem do mar, lançava o barco, puxava a rede, trazia o peixe. Foi assim que, junto com Eva, criou 16 filhos. E os criou gente de bem, de responsabilidade, de valentia. Um bom exemplo é o Lázaro, que até vereador foi, e como incomodou os poderosos. Deles vieram netos, bisnetos e tataranetos. Chico amava o mar do Campeche, as dunas, a restinga. Era deles seu primeiro sorriso, a cada manhã, quando vinha tomar o banho gelado que lhe dava vigor e saúde. Chico era doce como mel e seu sorriso derretia qualquer coração. Não tinham maiores ambições que a de criar os filhos, encaminhá-los e ficar ali, na beira do mar, vendo a vida passar.

Não foi sem razão que o pequeno cemitério do Campeche ficou repleto para a despedida. Chico encantou na tarde do dia 20 de dezembro depois de alguns dias lutando no hospital. O velho pescador tinha um câncer, mas, com certeza, a tristeza de ver o seu bar derrubado pelas máquinas da prefeitura lhe entristeceu demais os últimos dias. O bar era o seu mirante para o mar, lugar que não mais dominava no remo e na rede. O bar era seu refúgio. Não era dinheiro o que buscava ali. Tanto que a construção era simples, de madeira velha, bem raiz, como cabia ao Campeche. Não era um projeto capitalista. Era um espaço de aconchego e partilha. Ali se festejavam os carnavais, o natal, o ano-novo, os aniversários, qualquer coisa que alguém quisesse. Ainda assim as máquinas vieram…

As máquinas que nunca derrubaram a casa do Guga, nas dunas, nem o Costão do Santinho, onde veraneiam os ricos, ou os hotéis de luxo nas restingas. Não, apenas o bar do Chico era “ilegal”. Espaço histórico da comunidade: ilegal. Veio abaixo. Por birra, por vingança. No seu lugar tentaram erguer o deck de um condomínio. O povo revoltou: botou abaixo. Ainda assim, o bar do Chico não voltou e ele ficou mais triste.

Hoje, o dia abafado deu lugar à brisa suave, que começou a soprar na hora em que o frágil corpo do Chico descansava na beira do mar. Havia um cheiro de maresia, grito de pássaros e aquela aragem boa. A natureza oferecia o que de melhor tem para receber o amigo de tantos anos. O padre Vilson fez a missa, amarrou as palavras. A família se despediu, sem desespero, porque aquela era uma vida que tinha se cumprido em plenitude. Chico fez sua história, virou história. Morto que não morre, figura imortal. Como bem lembrou o Ataíde, surfista das antigas, em cada entardecer ainda se ouvirão as palavras do velho pescador a dizer: “rapaze, rapaze, sai da água”.

Com o encantamento do Seu Chico, o Campeche também encerra um ciclo. Hoje, o lugar bucólico onde ele fincou o seu bar já está invadido por condomínios, asfalto, grandes empreendimentos. Há luta, mas as máquinas parecem mais fortes. Resta aos novos moradores – nativos ou não – decidirem o que querem para suas vidas. Um lugar sem alma, sem identidade, poluído e intransitável ou um bairro jardim, de casas baixas, com cachorros, gatos e passarinhos, onde as pessoas se conhecem e se amparam? Muito já foi destruído, mas ainda há tempo de parar.

No silêncio da noite que se aproximava, parada na beira do mar, eu pedi ao meu deusinho que recebesse o Seu Chico nos braços e que olhasse por nós aqui embaixo, no meio de tantos vilões, pelos quais, como ensinava Cruz e Souza, temos de ter ódio, ódio são, ódio que move. Na imensidão do céu do Campeche se foi o Seu Chico, remando a canoa invisível. Vai em paz, companheiro, que aqui a gente continua. Tu cumpriste teu destino e o fizestes bem.

mar de lembranças



Vô! Um ser encantado!

Francisco Alexandrino Daniel
(1924 - 2011)

bondade - partilha - amor - união - gratidão - amizade - sorriso - alegria - aperto de mão - beijo - pirão - peixe - pesca - tainha - mar - poesia - lugar - simpatia - histórias - respeito - honestidade - generosidade - experiência - humildade - coragem - andante - falante - companheiro - inteiro - guerreiro - valente.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vôzinho

Meu amor é teu.

São muitas lembranças. A primeira que eu tenho é de quando morávamos atrás da casa da Vó Eva e do Vô Chico, morávamos num rancho de madeira tão pequeno. E nessa minha vaga lembrança a que eu tenho é da minha Maninha num berço, meio improvisado nesse rancho.

Depois que nos mudamos pra casa até hoje a casa que a minha Mãezinha mora, não me desvencilhei da convivência na casa dos meus avós. E continuei dormindo lá, muitas vezes, tinha uma parte do guarda-roupas de alguma tia reservado pra mim. Lembro que aos poucos, fui deixando de dormir lá, mas foi um processo. O que lembro também é que acordar na casa da Vó era bem aconchegante, sempre uma mesa de café da manhã e da tarde também lindas. Até hoje minha Vó agrada os netos com suas mesas, de cafés, almoços e jantas.

Meu Vô sempre teve lugar reservado na mesa, mas não era na cabeceira, gostava do cantinho. Ai vozinho! Tantas vezes, eu na minha distração, sentei no seu lugar, sem querer, sem lembrar... e todas as vezes foi um prazer lembrar de ceder o lugar. Meu Vô deixa marcado seu lugar nessa vida para sempre.

Cresci com um Vô já cheio de histórias pra contar e mais tantas pra enfrentar. Cresci com um “Vô famoso”, no melhor dos sentidos. Um ser mágico. Acordava muito cedo, todos os dias, muitas vezes antes das 5h. Criava Vaca e Boi, e muitas vezes lembro do meu Vozinho tirando o leite da vaca, ele gostava de ensinar e eu não queria nem chegar perto. Meu Vô tinha Jeep, já velhinho na minha infância, mas adorávamos brincar naquele Jeep. Tempos depois teve um “skort”, com a placa BOB, o carro virou BOB.

Não sei se conseguem imaginar. Mas, meu Vô sempre foi uma figura mística ou mítica pra mim. Não tenho nenhuma lembrança ruim. Tudo bem, ele não gostava muito do meu cabelo. Mas, tudo bem Vô! Eu e meus irmãos sempre estudamos de manhã, só minha irmã que algum ano estudou a tarde, quando íamos pegar o ônibus passávamos na casa da Vó até hoje é assim, passamos na casa da Vó pra ir pro centro (cidade). É caminho, e é muito perto do ponto de ônibus. Ali, pela manhã, já recebíamos muito carinho. As vezes meu Vô ainda não tinha feito a barba, e adorava brincar com isso, quando a barba espetava no beijo de bom dia. Ele também gostava de falar que a melhor coisa que a gente fazia era estudar de manhã, porque é quando a cabeça está fresca para receber os conhecimentos. Sem dúvida, um ser sábio.

Sempre pedia para comermos alguma coisa. Sempre de bom humor. Meu Vô é meu cantador. Ah! Que falta vou sentir de suas músicas. E as caminhadas. Acordava cedo, ia ver o bar na praia. Ia botar os bois pra pastar. Arrumava coisa pra fazer o tempo todo. Aos poucos foi ficando velhinho e já ficava mais sentado, mais cansado. Depois que vim pro Rio, nas vezes em que voltei lá, eu era a neta carioca. Gostava de me apresentar assim, “essa é minha neta carioca”. E me perguntava de todas as praias e pontos preferidos. Meus Avós conheceram o Rio, muito antes de mim. E adoram a Praia do Flamengo.

Meu Vô me falava todos os Presidentes do Brasil, quando ouvi isso a primeira vez me apaixonei. Tudo no meu Vô era o máximo pra mim. E sempre, sempre, me diverti. Eu fazia uma festa. Pedia os Presidentes, pedia músicas, pedia histórias, meu Vô me divertia. Meu Vô me amava e eu também o amava muito. Eu o amo muito pra sempre. Ainda bem que estive esse ano com ele, em abril. Meu Vô abriu um mundo pra mim, mais leve, mais simples, mais sincero, mais feliz. Meu Vô é o grande Seu Chico, o pai do Beto, o marido da Vó Eva, o dono do Bar. Meu Vô é o meu bem. O bem mais precioso, e tive o maior prazer e orgulho do mundo em ser sua neta, ser sua neta é uma honra pra mim, Vôzinho. Obrigada, todos os dias, por ter estado na minha vida e continua em todos os sentidos, especialmente no meu coração. Meu amor é teu.



Meu amor é teu
Mas dou-te mais uma vez
Meu bem
Saudade é pra quem tem

Todo o teu amor
Eu vi de longe
De longe...
Dava pra sentir o teu perfume
Eu juro, eu juro...

Meu amor é teu
Mas dou-te mais uma vez
Meu bem
Saudade é pra quem tem

Todo o teu amor
Eu vi de longe
De longe...
Dava pra sentir o teu encanto
Eu juro...



ôh! Vô!

E agora como seguimos (?)

sem teu brilho por aqui

sem contar tantas histórias

nosso pescador

sem cantar tantas modinhas

nosso inventor

sem falar todos os presidentes desse Brasil

nosso historiador

sem teu beijo de bom dia

nosso amor

sem tua coragem no dia-a-dia

nossa dor


ôh! Vô!

agora já faz falta

cuidado que a maré tá alta

e o vento de hoje é sul

lá vem vindo chuva

hoje o céu tá mais azul


ôh! Vô!

senta aqui um pouquinho

toma um cafezinho

tô só te cuidando com carinho

descanse

não se canse

que o passeio pode ser leve


ôh! Vô!

das tantas caminhadas

fica a saudade apertada.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011



Vozinho recitando Casimiro de Abreu,

Eu nasci além dos mares:
Os meus lares,
Meus amores ficam lá!
— Onde canta nos retiros
Seus suspiros,
Suspiros o sabiá!
Oh que céu, que terra aquela,
Rica e bela
Como o céu de claro anil!
Que seiva, que luz, que galas,
Não exalas
Não exalas, meu Brasil!
Oh! que saudades tamanhas
Das montanhas,
Daqueles campos natais!
Daquele céu de safira
Que se mira,
Que se mira nos cristais!
Não amo a terra do exílio,
Sou bom filho,
Quero a pátria, o meu país,
Quero a terra das mangueiras
E as palmeiras,
E as palmeiras tão gentis!
Como a ave dos palmares
Pelos ares
Fugindo do caçador;
Eu vivo longe do ninho,
Sem carinho;
Sem carinho e sem amor!
Debalde eu olho e procuro...
Tudo escuro
Só vejo em roda de mim!
Falta a luz do lar paterno
Doce e terno,
Doce e terno para mim.
Distante do solo amado
— Desterrado —
A vida não é feliz.
Nessa eterna primavera
Quem me dera,
Quem me dera o meu país!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

não espero sorrir


Música: Cinema Incompleto / Thaís Gulin - Imagem: Stasia Burrington

Tem dias que nem comecei a terminar
Tem dias como este
As bodas que mal posso adivinhar
De tão inexistentes.
Ninguém me perguntou
Nas flores do meu filme.
Nenhum qualquer gostou
Dos sonhos que eu já tive.
Invento novos beijos
Não espero sorrir
Frequento outros desejos
Eu quase desisti
Eu cansei.
Beijos, brilhos, brindes, brigas, margaridas
Que eu não cometi.
Já confiei a santo antônio, estrela dalva
O que eu jamais vivi.
Guardo, escondo as cores do meu filme
Que não ouso revelar.
Sonhei possíveis sobrenomes
E ninguém insiste em me achar.
Tem dias que nem comecei a terminar.

Tudo que eu peço é um final clichê.

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obs.: Uma das minhas músicas preferidas. Orgulhosa de mim! Eu que montei esse vídeo (superando minhas ignorâncias tecnológicas).

sábado, 10 de dezembro de 2011

Vinicius de Moraes


(1913 - 1980)


Deixa acontecer

Ah, não tente explicar
Nem se desculpar
Nem tente esconder
Se vem do coração
Não tem jeito, não
Deixa acontecer

O amor é essa força incontida
Desarruma a cama e a vida
Nos fere, maltrata e seduz
É feito uma estrela cadente
Que risca o caminho da gente
Nos enche de força e de luz

Vai debochar da dor
Sem nenhum pudor
Nem medo qualquer
Ah, sendo por amor
Seja como for
E o que Deus quiser

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

o pouco

"de tudo ficou um pouco"

(Resíduo - Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

casamento



Ela sonha com casamento. E hoje desconfia que recebeu algo parecido com uma proposta disso. Será?! Anda desconfiada! Mas não costuma criar expectativas.

Ele pergunta para ela:

"Você não vive feliz sozinha? Eu gostaria de poder entrar e viver com você... talvez um dia eu espero. Por que você está encontrando dificuldades para viver sozinha?"

Quem sabe um dia não viverão juntos?! Ninguém sabe. Nem ela, nem ele. Seguem esperando. Seguem caminhando.

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"ela pensa em casamento, eu vou, por que não (?)"

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

sim

céu

‎"o céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu"



‎"querendo ver o mais distante, sem saber voar"

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

meus amores

Quando digo quem são as pessoas mais importantes da minha vida. Digo e afirmo com toda certeza, porque não tenho dúvidas. Estamos longe já algum tempo, nos separamos por motivos diversos. Mas sei que de vez em quando passam por aqui, pelo blog, fiz questão de divulgá-lo para essas pessoas tão importantes. Hoje, minha Maninha me ligou, e dentre outras coisas, demonstrou certa preocupação em relação aos meus últimos escritos. Pois é, ando muito sem tempo para escrever meus textos, minhas coisas, e as vezes me vem palavras soltas que resolvo publicar, não me considero poeta, nem tenho tal pretensão em ser. Mas ando me limitando em tantas coisas, que não acho justo deixar esse espaço aqui de lado. Gosto de atualizá-lo e juro que me esforço do jeito que dá. Maninha, obrigada pela ligação, obrigada por me deixar ouvir tua voz, obrigada por todo cuidado e carinho. Eu te amo pra sempre.

Sem me esquecer. Meu Maninho, me ligou certa vez. E preciso relatar minhas histerias ao telefone, as vezes minha euforia é tanta que fico rindo sem parar, as vezes vem o choro. Pois é, fico muito emocionada com as ligações desses que amo tanto. E então, nesses momentos de riso, meu Maninho usou uma frase do blog ("ah! não estás me entendendo?! porque tu ri quando não entende, é?!"), aí que eu não conseguia parar de rir mesmo. Meus irmãos são essas pessoas que me ligam só pra me lembrar (de) quem sou. Como não amá-los?! Maninho, te amo mais que tudo. Obrigada por tudo sempre. Por me lembrar de ser. Por te ouvir, acredito e confio muito em ti.

Maninha

é a saudade de você

que anda me apertando

sábado, 26 de novembro de 2011

o que (II)

perdi

eu não sei


só sei



que ainda




não me achei

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

o que

dói


dói


sem a gente querer

sem a gente escolher


(então, a gente aperta pra tentar esconder)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

You can take my heart



You can take my heart for a walk on the beach
You can take my heart for a little trip
You can take my heart very close to your heart
You can take my heart forever if you like

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Você pode ter meu coração para uma caminhada na praia
Você pode ter meu coração para uma pequena viagem
Você pode ter meu coração bem perto do seu coração
Você pode ter meu coração pra sempre se você quiser

terça-feira, 15 de novembro de 2011

pro.je.to

Nunca a palavra projeto esteve tão presente na minha vida. Então, só para constar:

pro.je.to

Substantivo masculino.

1.Plano, intento.
2.Empreendimento.
3.Redação preliminar de lei, de relatório, etc.
4.Plano geral de edificação.

(miniaurélio)

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verbo - pro.je.tar

Verbo transitivo direto.

1.Fazer projeto de.
2.Atirar longe; arremessar.
3.Reproduzir em tela (filmes, etc.).
4.Fig. Tornar famoso, conhecido.
Verbo pronominal.
5.Arremessar-se, precipitar-se.
6.Fig. Tornar-se famoso, conhecido.

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Presente do Indicativo

eu projeto

tu projetas

ele projeta

nós projetamos

vós projetais

eles projetam


Pretérito Perfeito

eu projetei

tu projetaste

ele projetou

nós projetamos

vós projetastes

eles projetaram


Pretérito Imperfeito do Indicativo

eu projetava

tu projetavas

ele projetava

nós projetávamos

vós projetáveis

eles projetavam


Pretérito Mais-que-Perfeito

eu projetara

tu projetaras

ele projetara

nós projetáramos

vós projetáreis

eles projetaram


Futuro do Presente

eu projetarei

tu projetarás

ele projetará

nós projetaremos

vós projetareis

eles projetarão


Futuro do Pretérito

eu projetaria

tu projetarias

ele projetaria

nós projetaríamos

vós projetaríeis

eles projetariam


Presente do Subjuntivo

eu projete

tu projetes

ele projete

nós projetemos

vós projeteis

eles projetem


Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

eu projetasse

tu projetasses

ele projetasse

nós projetássemos

vós projetásseis

eles projetassem


Futuro do Subjuntivo

eu projetar

tu projetares

ele projetar

nós projetarmos

vós projetardes

eles projetarem


Imperativo Afirmativo

projeta tu

projete ele

projetemos nós

projetai vós

projetem eles


Infinitivo Pessoal

eu projetar

tu projetares

ele projetar

nós projetarmos

vós projetardes

eles projetarem


Gerúndio

projetando

Particípio

projetado

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

alagados

"a arte de viver da fé, só não se sabe fé em quê"

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Antonio Negri

Ainda preciso digerir. Mas, posso adiantar que foi muito bom pra mim.

desabafo


(Monet)

Nesses anos todos de Rio de Janeiro ando conhecendo muitas pessoas. No último ano, especialmente, esse repertório de novas pessoas tem ficado bem eclético. Adoro as pessoas, adoro conhecê-las, e tento ao máximo respeitá-las nas suas opiniões, atitudes, etc.

Porém, sou ou tenho momentos de anti-sociabilidade. Preciso ser anti-social. É uma necessidade física, humana, particular do meu ser. (E acho que todo mundo sente um pouco dessa necessidade também)

Prefiro respeitar isso, pra me manter equilibrada, pra não esquecer de mim, pra existir.

E para aqueles que se sentem no direito de se intrometer, e/ou se preocupar com a minha vida. Gostaria de poder gritar bem alto: "tenho Mãe, Pai e irmãos maravilhosos, tenho família". Essas são as pessoas que mais me amam, cada um do seu jeito, que mais querem o meu bem, que mais ficam felizes ao me verem feliz, e que me RESPEITAM.

Todos os dias, acordo e imploro pelo direito de ser RESPEITADA. E é tão simples. É só escutar o outro e acatar, sem mais delongas. Aprendi, dentro de casa, e na escola "que o meu espaço termina, quando começa o do outro". Limite é o nome disso, infelizmente tem gente que não o tem, ou não sabe o que é.

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obs.: a pintura de Monet (1840 - 1926) é para me impressionar. Quem sabe me acalma.

obs.2: Quero ter um girassol plantado na casa nova, por isso também a escolha dessa pintura. Ando pensando muito em girassol.

sábado, 5 de novembro de 2011

mau humor

Tem dias que nem eu me aguento. Hoje está difícil.

sábado, 29 de outubro de 2011

o Palhaço



(o melhor filme do ano entre os que assisti)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

se eu soubesse

naquele dia o que sei agora

Manuel Bandeira

(1886 - 1968)


nas ondas da praia
nas ondas do mar
quero ser feliz
quero me afogar

nas ondas da praia
quem vem me beijar?
quero a estrela-d'alva
rainha do mar

quero ser feliz
nas ondas do mar
quero esquecer tudo
quero descansar

(quero mergulhar nas ondas do mar)

presentes

quase que um diário da casa nova

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A casa vai bem, e realmente venho me adaptando. Hoje passou um anjo por aqui, me trouxe internet, sim já estou com internet depois de perder um pen drive na lan house, e interfone, sim eu não tinha interfone, ou melhor não estava funcionando. Aos poucos, aos pouquinhos as coisas vão se ajeitando, se encaminhando. A vida vai tomando formas, diferentes, contornos mais claros, cores mais fortes. E o sol sempre volta.

Sou totalmente grata, as visitas, talvez não as opiniões que são muitas. Mais sim, gosto muito de ouvir aqueles que estão tão felizes por mim, por eu está passando por isso, vejo em seus olhos, como gostam de ver e acreditam que esse momento só me fará bem, que realmente é uma oportunidade única e que acreditam que eu serei mais feliz. Escuto estes, amigos, conhecidos, familiares, com atenção, com carinho, com o coração.

E são tantos presentes. Também sou muito agradecida por isso, já ganhei copos, ganhei escorredor de arroz. E os presentes mais importantes, necessários, imprescindíveis vieram da minha Mãezinha, a melhor Mãe do mundo, sem palavras pra descrever e agradecer esse amor tão lindo.

o sono

quase que um diário da casa nova

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Meu sono também mudou, ainda dependendo do período de adaptação. Não estou conseguindo ter um sono tranqüilo. Por isso, minha mania de acordar cedo está um pouco prejudicada, porque como não tenho uma noite de sono profundo, acabo acordando cansada e preguiçosa. Mas, isso passa.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Lapa Girl


(fácil me identificar)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

na casa nova

No dia 16 de outubro comprei talheres, foi difícil escolhê-los. Mas consegui. Ando num processo doloroso de adaptação, não queria expor tanto a minha vida pessoal aqui. Mas não tenho com quem conversar, então escrever foi minha solução para não pirar. Estou morando sozinha pela primeira vez na minha vida.

Falei sobre o processo de adaptação doloroso e pretendo botar pra fora isso aqui. São muitos choques e a escrita vai ficar confusa... enfim, vamos lá. Primeiro de tudo estou sem internet e no mundo de hoje viver sem internet é uma das coisas mais difíceis. Como tudo tem o lado bom, pra mim, é não ficar “viciada” na chatice do facebook, preferia não tê-lo (juro), porque simplesmente é impossível não se viciar. Ainda, não consegui resolver e instalar uma internet (barata), de preferência o mesmo valor da que eu tinha, e esse assunto (internet) é uma das pequenas labutas. Porque, agora, cuido de uma casa inteira, pequena, porém uma casa.

O segundo é que nunca foi meu sonho ou minha prioridade morar sozinha. Hoje tenho mais certeza, as circunstâncias caminharam para isso. Todas as possíveis pessoas (amigos, conhecidos) que eu poderia morar, optaram por morarem sozinhas ou com seus respectivos companheiros (casamento), constituir família (um dos meus projetos de vida). Antes, de escolher morar sozinha, sei que escolhi e sou totalmente responsável por isso, tinha a intenção de voltar a morar na casa da minha Mãe, durante muito tempo essa foi minha primeira opção. E uma amiga me falou que era muito compreensível isso, porque eu ainda não tinha uma família, isto é, não tenho um companheiro, marido, namorado, para começarmos uma família.

Continuando no processo de adaptação, sou uma pessoa extremamente comunicativa, adoro conversar, conversar de verdade, falar horas e horas sobre assuntos, coisas, idéias, reflexões, sou apaixonada pela linguagem. E isso é uma das loucuras de morar sozinho, não temos com quem conversar. Meu vaso sanitário faz uns barulhos esquisitos, e toda vez que ouço seu barulho penso: “ah pelo menos o vaso se comunica comigo”. Também gosto do silêncio, isso é uma vantagem de morar sozinha, e uma das melhores vantagens, ninguém e nada, ou quase ninguém ou nada, te perturba. Pelo menos não diretamente.

Estou curiosa para saber quanto tempo dura esse processo de adaptação. Em quanto tempo ficarei bem com todas essas questões. Acho que só depende de mim mesma. Depende de saber lidar com essa solidão (que talvez eu tenha escolhido indiretamente). Sim. Mas, não escolho ser sozinha.

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Obs.: Primeira visita! No dia 09 de outubro de 2011, domingo, Luciana Bastos veio me visitar. Querida amiga.

domingo, 9 de outubro de 2011

casa nova

Um dia eu conto. Casa nova, mas sem internet.

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Como prometido meus textos sobre a casa nova. Provavelmente meu blog se encaminhará para contar sobre essas novidades, já que estou passando por um momento intenso de encontro comigo mesma, continuo fugindo e a cada dia tenho mais medo de mim.

Casa Nova

Minhas impressões. Cheguei nessa casa, com toda a minha mudança no dia 04 de outubro de 2011. Mas, não pude dormir na casa porque estava sem chuveiro. Então, cheguei de verdade na casa nova a partir do dia 05 com muitas implicações. “Adultei de vez”, começo a pensar que estou num dos momentos mais difíceis da minha vida. Sem dramas, frescuras e bobagens. É só porque estou passando por um momento de sustentar e acreditar nas minhas escolhas. São escolhas muito diferentes de quando eu tinha 15 e 17 anos, momentos tão marcantes quanto.

Pois é, aos 15 anos passei as férias mais inesquecíveis e conturbadas da minha vida com a realização do meu sonho de conhecer a cidade maravilhosa. Voltei para Floripa com a certeza de que iria encarar o Rio de Janeiro de frente. Só não sabia quando?

E esse quando veio mais rápido do que eu esperava. Prestes a completar 18 anos, com direito a emancipação (fui emancipada), cheguei no Rio para ficar, também não sabia até quando. Eram tantos sonhos, tantos planos, insisto até hoje neles. As vezes fervorosamente, as vezes “devagar e sempre”.

Já são quase oito anos e “temo” em dizer que “carioquei” de vez, acho que nem eu esperava tanto. São muitas histórias pra contar, foram muitas casas em que morei, muitas pessoas que conheci. E não sei quem escolheu quem?!

Estou com 25 anos cheia de sonhos, mais perdida do que nunca. Mas, amadurecendo sempre.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

o bolo

Tenho uma aluna que pela segunda vez me trouxe um pedaço de bolo, embrulhado num papel laminado. Ela nem imagina o quanto eu gosto de bolo. E o quanto o gesto dela, simbólico, carinhoso e gentil me causa tamanha alegria. Também são esses gestos da vida que me fazem continuar. E me lembram de não desistir.

domingo, 11 de setembro de 2011

le dimanche

est jour de cinéma.



Tom Hanks me faz chorar (acho que é o meu ator preferido dos americanos).

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bienal do Livro + Meditação

Hoje, sete de setembro, tinha muita programação para fazer aqui pelo Rio. Escolhi ir à Bienal do Livro, foi quase um “programa de índio”. Mas, terminou tudo bem e fiquei satisfeita com a programação que eu escolhi.

Fui querendo assistir um amigo quebradeiro escritor, ou escritor quebradeiro que estaria numa mesa. Só que não consegui chegar no horário e também não achei o estande logo que eu cheguei. Me perdi!

E o meu passeio pela Bienal foi assim, completamente perdida andando de um lado para o outro, sem rumo, sem prumo, sem destino, sem objetivo.

E não é que me deparo com Ruy Castro, sentei por lá e fiquei ouvindo e assistindo aquele homem falar.

Depois, já cansada fui fazer minha rodada final, me despedir de algum conhecido. E aí foi o momento mais mágico, pra mim, na Bienal. Claro, que Ruy Castro já teria valido a pena.

Foi quando um homem alto, simpático me perguntou se podia falar sobre o livro dele. E, surpreendentemente consegui ser simpática, não sou muito simpática com desconhecidos que insistem em algum tipo de abordagem (sempre escuto o outro com educação que é diferente de simpatia). Mas, na maioria das vezes não me mostro muito disponível, uma possível timidez talvez, acho que é alguma dificuldade, sei lá.

Voltando sobre o homem do livro, que eu comprei, também não resisti. Ele me falou sobre filosofia, sobre teologia e sobre meditação.

Sobre meditação, falei que não sei se eu conseguiria, e ele me disse que é uma capacidade inata. Fiquei muito feliz, sendo assim já está em mim, só preciso exercitar.

Acho que vou começar a meditar. Quem sabe (?!) eu não me torne uma pessoa melhor, mais tolerante, mais tranqüila, mais equilibrada (?!).

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PAGU

Patrícia Rehder Galvão, pseudônimo de Pagu, (9 de junho de 1910 — Santos, 12 de dezembro de 1962).



Há tempos atrás li uma biografia sobre a Pagu, livro da minha irmã. E sem palavras pra descrever tamanha força e coragem. Tento me inspirar.

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* Estou triste e preocupada com a falta de atualização do meu querido blog. Aderi ao facebook e tenho deixado esse espaço aqui um pouco de lado. Por muitos motivos:

1- não gosto de postar qualquer coisa, sou muito cuidadosa e acho que até perfeccionista;
2- preciso de tempo para organizar meus pensamentos, encontrar as palavras, a palavra adequada, e ficar contente com a escrita;
3- gostaria de ter mais tempo de pesquisa sobre os assuntos que vou contar, assim os fatos se tornam mais confiáveis;
4- sou uma pessoa só e minha cabecinha é um pouquinho lenta (reconheço).

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Por último,

acho que nem vale uma postagem no meu blog, mas preciso exteriorizar, pior filme dos últimos tempos Apollo 18, não recomendo pra ninguém.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Billie Holiday



"Maybe Tuesday will be my good news day"

terça-feira, 16 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

domingo, 7 de agosto de 2011

Uma noite em 67



Eu sou apaixonada por essa entrevista do Caetano Veloso:

RJ - O que o levou a fazer uma música tão moderna, pegando coca-coca, guerrilha, Brigitte Bardot,...?

CV - O que me levou a falar em coca-cola, Brigitte Bardot e Cardinale... foi a coca-cola, a Brigitte Bardot e a Cardinale, bombas, guerrilhas,... as coisas que estão aí. (sobre a música "Alegria, Alegria")

(em 1967, Festival da MPB - TV Record, a entrevista está em 5'30" do vídeo)

domingo, 31 de julho de 2011

Noel Rosa



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menina sapeca
levada da breca
moreninha birrenta

não é que duvidam
de vossa inocência (?)

mas têm paciência
que por excelência
pouco importa se duvidam
de nossa amizade

desinteressada e extensa

o que importa
é que ela existe
e é bonita

por isso me orgulho
de te chamar minha amiga.

(Lucas Oliveira / 26.10.01)
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obs.: Ele tocava "conversa de botequim" pra mim.


10 anos (a resposta)

ôh! menino!
que me ouvia por dentro,
que brincava e andava,

pelas ruas do centro.

ôh! menino!
que sabia demais,
que tocava e cantava,

me alegrava sem mais.

ôh! menino!
que a resposta é tardia,
e a lembrança não cansa
de me trazer alegria.

ôh! menino!
do dia da chuva,
dos telefones trocados,
do carinho dobrado,

do sem querer.

ôh! menino!
do almoço bonito,
da batata servida,
da mão estendida,

só querendo te ver.

ôh! menino!
das plenárias freqüentes,
das passeatas presentes,
dos amigos de antes.

ôh! menino!
que gostava de Chico,
e não gostava de sol.
Das leituras constantes,
das tantas amantes,
e do futebol.

ôh! menino!
que a saudade hoje grita,
e me encoraja nos versos!

ôh! menino!
do dia na praça;
muito me orgulho
de te chamar meu amigo.

ôh! menino!
de casa,
da carta,
das músicas,
e do violão.

ôh! menino!
que tocava Noel!

ôh! menino!
dos choros contidos,
dos sonhos escondidos,
dos muitos presentes.

ôh! menino!
dos livros indicados,
dos filmes necessários,
das palavras de sempre.

ôh! menino!
do carinho adorado,
do abraço apertado,

do jeito de ser

paciente.

(02.08.2011)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Salvador Dalí

(1904-1989)


(a rosa)

Tem dias que só Salvador Dalí salva!

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(Marcus Vinícius Faustini)

sábado, 23 de julho de 2011

Pai

Depois de um dia de trabalho. Depois de já despertar para tendências de uma triteza lá escondida, medida. Depois de chateada. Eu precisava de colo, ah família, mesmo longe se faz presente nos momentos mais certeiros. Pai a saudade é grande, mas sentir a tua felicidade me deixa feliz. Ainda que eu chore. Choro de saudade, choro de felicidade, choro porque sei que és o melhor Pai do mundo pra mim.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Blog da minha Maninha

http://historiartelaradaniel.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de julho de 2011

diálogo

Diálogo sobre a Revolução Francesa: as indagações de Watteau, David, Delacroix e Baudelaire.

por Larissa Chagas Daniel

Iniciaremos aqui uma viagem ao tempo, estão reunidos numa sala de estar, personalidades da França dos séculos XVII ao XIX, vamos ouvir o que tem a dizer Antoine Watteau (1684 – 1721), Jacques-Louis David (1748 – 1825), Eugéne Delacroix (1798 – 1873) e Charles Baudelaire (1821 – 1867). A França neste longo período compreendido pela vida destes artistas e pensadores atravessou transformações nas esferas política, social, artística, cultural; não pretendo definir ao expor a construção deste dialogo se estas mudanças foram positivas, e qual legado deixaram, mas detenho-me em localizar as idéias dos aqui apresentados, para posicioná-los como partícipes dessas ações transformadoras.
Numa cronologia didaticamente organizada, principiamos uma breve apresentação de cada personagem. Antoine Watteau (1684 – 1721), nasceu em Valenciennes, em 1702 instala-se em Paris, recebeu por sua produção a denominação de pintor das “fêtes galantes” (festas galantes); é representante do rococó francês, a sua obra guarda características impostas por fatores externos ao autor, mas também seguiu caminhos próprios . Jacques-Louis David (1748 – 1873) nasceu em Paris, este irá produzir uma arte oficia da revolução (Revolução Francesa deflagrada em 1789), tornou-se talvez nas palavras de Arnold Hauser o pioneiro e maior representante da arte classicista . Os dois últimos, refiro-me a Delacroix e Baudelaire, possuíam coisas em comum e encontram-se em vida, momento quase indiferente ao pintor, e decisivo para o poeta . O pintor Eugène Delacroix ( 1798 – 1873) sentia-se atormentado em vida, muitas vezes encontrava-se descontente com suas realizações plásticas, mas continuava sua busca e deixou em seus diários pensamentos e reflexões, referentes a arte de seu tempo. Charles Baudelaire (1821 – 1867) foi escritor, critico de arte, poeta e admirador da obra e de Delacroix, fala-se de Baudelaire como um jovem ousado .

Estão em cena três dos quatro personagens, na residência de Antoine Watteau todos se acomodam numa sala, este cenário um misto de atelier, biblioteca é um ambiente aconchegante, com algumas pinturas e reproduções de obras nas paredes, torna-se familiar a todos reunidos, que conversam por hora amigavelmente, com reservas para acusações e sentimentos contrariados.

Watteau: Estou feliz em recebê-los, como sabem preservo-me muito em meus aposentos , não sou freqüentador das festas galantes, repetidas vezes retratadas em minhas pinturas . Sintam-se à vontade. Delacroix!David!

David: Será um espetacular encontro, são longos anos de história reunidos, muitos assuntos podem vir à tona.

Delacroix: É como digo “tenho assunto para ocupar o espírito e as mãos por mais de 400 anos” .

Delacroix: E aqui estamos, sempre para pensar, dialogar, expor as idéias e conflitos pessoais, representamos juntos parte do legado artístico e cultural da França, será que somos merecedores, dignos de tal reconhecimento?

David: - Quanta preocupação! Importante é continuar trabalhando , refletindo sobre nossas ações. Não estamos prontos, mas devemos ser coerentes com nossos ideais , e deixar que tempo registre nosso legado.

Delacroix: - Gostaria que entendessem meu desespero, “uma vida inteira não me basta para produzir tudo que tenho em mente” !

Watteau: - Meu franco Delacroix! Não se aborreça, nem se aflija tanto com as palavras pronunciadas por David, ele está sempre atarefado com os rigorismos técnicos e clássicos de sua pintura, que se esquece do mundo em que vive, exceto quando se trata dos grandes feitos revolucionários, ou de personagens como Napoleão .

Dealcroix: - Não posso entender este tom de acusação! Eu também preservo e defendo os ideais revolucionários. Não estou contente com o titulo romântico que me concedem, prefiro definir-me como “um puro clássico” . E considero você David “o pai de todas as escolas modernas” !

David: -Tenho pretensões quando realizo o meu trabalho, por isso tanta preocupação com os rigorismos, que entendo como pura apreciação técnica. Quanto ao que dizes Delacroix agradeço!

Delacroix: - David entenda que temos algo em comum! Ficou surpreso? Saiba que a minha pintura “romântica” a sua classicista, ambas inspiram-se na Revolução .

Neste momento adentra a sala o quarto personagem, Baudelaire.

Baudelaire: - O que vemos aqui reunidos nesta simples sala? Seriam frágeis homens, a não ser por este integro cidadão francês que destoa dos outros, pois é a você que me refiro David .

David: - Baudelaire guarde seus elogios ao gênio de Delacroix, o qual você muito admira .

Baudelaire: - Também o admiro, David! Saiba se “Flandres tem Rubens, a Itália tem Rafael e Veronese; a França tem Lebrun, David e Delacroix” !!! Mas afirmo crer “que não estou enganado: o sr. Delacroix recebeu o gênio; que ele caminhe com segurança, que se entregue aos trabalhos imensos – uma condição indispensável ao talento. E que a opinião que exprimo aqui lhe de ainda mais confiança, pois ele é um dos mestres” . Quanto a você que parece carregar no peito o ímpeto da Revolução, esta que causou a todos tantos desenganos. Que ideais você ainda pode defender?

David: - Não entendo porque o uso de tom austero para tratar de assunto que a todos interessa? A Revolução proporcionou questionar toda uma sociedade que vivia a sombra de um passado não tão glorioso . Não posso aceitar, tratar a arte, a pintura a qual me dedico tanto a simples exposição de cenários líricos, de conteúdo frívolo .

Baudelaire: - Se o que dizes trata-se de Watteau, digo-te
Watteau, ce carnaval ou bien dês cours illustres,
Comme dês papilons, errent em flamboyant,
Décros frais et légers éclairés par dês lustres
Qui versent la folie à ce bal tournoyant;

Watteau: - Vejo que o assunto sou eu! Não estou aqui para ser atacado, criticado talvez. Que liberdade pode ter o artista com tantas regras e exigências na sociedade? Eu sou criticado por uns e exaltados por outros por pintar um ideal, não pretendo ser o centro das atenções, mas reconheçam meu trabalho. Peço que observem minha produção, assim como se indaguem sobre o tempo em que vivo.

David: - O tempo em que você vive? Ah! Sim o tempo da monarquia decadente de Luis XIV . Agora me explique o que significa para você pintar um ideal, produzir a arte pela arte?

Watteau: - Explicarei, porém tenho minhas dúvidas se você também não expressa em sua pintura um ideal ? Tenho prazer em pintar, estudar desenho, as técnicas que ainda me faltam, dedico meu tempo ao meu oficio, e de vida tenho pouco.

Baudelaire: - Não sou defensor desta arte, como os revolucionários a denominaram de rococó. Mas também não compreendo a frieza de suas pinturas David? O que faremos se homens como Nerval, Gautier estão a exaltar os feitos de Watteau? Falo isto porque também eu fui instigado pela beleza idealizada nas obras deste, e me detenho no objeto mais cultuados por estes boheme observe a grande obra, que por tanto tempo Watteau trabalhou, falo da: A peregrinação para ilha de Citara!!

Delacroix: - É como costumo dizer a “pintura deve ser, acima de tudo, uma festa para os olhos” . Tenho certeza que esta é também a mensagem de Watteau!

Watteau: - Talvez esta seja a semelhança entre o rococó e romantismo e outros movimentos! Posso concordar, mas é uma semelhança que não aproxima nossas técnicas, mas consiste nos nossos desejos.

Delacroix: - Posteriormente afirmarão que o romantismo foi à verdadeira expressão da Revolução!!! Incapaz de realizar inovações artísticas, a Revolução abriu o caminho para uma arte de fato revolucionaria .

David: - Espero que Watteau me responda a pergunta que havia feito, quanto a arte pela arte. Mas você Delacroix também poderia dizer algo sobre este assunto, pois a produção do século XIX possui um discurso semelhante.

Watteau: - Meu temor em debater alguns assuntos, é pela falta de compreensão de alguns. No tempo em que vivo, ainda há resquícios de uma cultura do gosto, onde ‘belo’ e ‘artístico’ são sinônimos. A arte é a busca do prazer e repouso !!!!

Delacroix: - Não sejamos temerosos, apesar dos ataques! O que querem os românticos, quando produzem suas obras?!?! A emancipação da arte, a oposição aos deleites burgueses !!! É isto que eles desejam, não pense você que compartilho com isto, o exibicionismo, ostentação, este espírito boêmio são odiosos !!!

Baudelaire: - Assunto encerrado!!! Vamos as obras, se o debate é a Revolução eu citaria aqui para observação Marat assassinado, de David; A Liberdade guiando o povo, de Delacroix; e Sob a insígnia de Gersaint, de Watteau. Para explicar a escolha da obra de Watteau, não deixemos de esquecer o detalhe da personagem que guarda no baú o retrato do rei; há um pouco de prazer em inserir tal detalhe, uma afirmação do descontentamento com o regime, não há Watteau???

David: - Você como critico estava aguardando por este momento?!?! E fez questão de definir as obras.

Delacroix: - Não vamos nos prolongar, as características que nos diferenciam estão muito bem expressas nestas obras selecionadas!!!

Watteau: - Estou surpreso com a escolha feita por Baudelaire!!! Este quadro é uma das ultimas produções que realizei .
Baudelaire: - Classicista, Romântica e Rococó. É isto!

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Obs.: Minha Maninha me contou há algum tempo sobre esse trabalho que ela tinha feito. Pedi para me mandar para eu ler. E depois de ver o filme do Woody Allen (Meia Noite em Paris) não resisti em compartilhar.

Woody Allen

domingo, 10 de julho de 2011

Batan

Estivemos no Batan ontem.

Jardim Batan ou apenas Batan é um sub-bairro de Realengo, no Rio de Janeiro. Fica na Zona Oeste, próximo da avenida Brasil. Segundo relatos de moradores antigos, em meados dos anos 50 o Batan na verdade era uma grande fazenda, onde havia criação de gado em uma vasta área de vegetação típica. Inclusive o nome Batan é derivado do nome da árvore de Ubatan, que era bastante comum na época.

(wikipedia)

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A galera da Agência de Redes para Juventude nos recebeu muito bem lá, no bar do Índio fizeram um churrasquinho. Ramon e Joab foram nossos anfitriões. Passeamos rapidamente até uma pedra, um morrinho, para ver a vista, queridos companheiros de trilha Diego, e o casal Rafael e Carol.

Não posso deixar de contar que tive o prazer de conhecer o George, a Yanka, a Lidiane, o Messias, o Rodrigo, e... acho que não esqueci ninguém! Adorei!

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conheci Pearl Jam no Batan

quinta-feira, 7 de julho de 2011

i feel

eu sinto

Escola Livre da Palavra

Curso de Palavra Plástica.

Primeira aula com a professora Beá Meira.


Lapa girl está na área!

sábado, 2 de julho de 2011

Rubinho Jacobina



Ouvi falar dessa música hoje.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aniversário do meu Maninho

ôh! Daggo, Dagguinho, Dagguério, irmão querido, amado, paciente. Está fazendo aniversário hoje.

Feliz aniversário! Parabéns! Meu amor é teu.



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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Universidade das Quebradas




Eugène Delacroix (1798-1863)



Jacques-Louis David (1748-1825)



Vik Muniz



Marc Ferrez (1843-1923)

terça-feira, 28 de junho de 2011

São Paulo



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Presente de 25 anos


Fui conhecer um pouquinho de São Paulo nesse feriado que passou. Há alguns anos atrás estive em São Paulo (Encontro Nacional da JR), era muito nova, uns 14 ou 15 anos e fiquei dentro do Pacaembu, no alojamento, sábado e domingo inteiro, não podia sair, era menor de idade. Mesmo assim, não virei corintiana.

E nesse último feriado tive a oportunidade de conhecer um pouquinho mais dessa cidade tão grande. Tenho amigos maravilhosos que moram lá, uma mistura de carioca com paulista que deu certo. E foi muito boa toda a viagem. Aproveitei o máximo, para conseguir aproveitar mais só tomando “red bull”.

Fui de ônibus. Preciso registrar nesse meu espaço que sou do grupo que gosta de andar de ônibus. Para viajar também, tenho preguiça de pesquisar passagem na internet, além de não gostar de comprar nada pela internet. Mas em São Paulo essa minha preferência por ônibus teve e teria (caso eu fosse, ou se um dia eu for morar lá) que ser modificada, porque lá o ônibus é mais caro que o metrô. Esse meu gosto por andar de ônibus, causa estranhamento nas pessoas e em mim, também. Uma outra coisa que causa estranhamento nas pessoas é o fato de eu não me irritar com trânsito. É claro que ter hora e chegar na hora é imprescindível para um bom convívio em sociedade. Mas o trânsito não me chateia, do fundo do meu coração. Não sofro com trânsito. Aproveito pra ler, pra dormir, pra não fazer nada.

Só fui conhecer a garôa, da terra da garôa, no último dia de passeio. Nos outros, fizeram dias lindos de sol.


(Tinha muita curiosidade em conhecer o CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil - de lá e o Escher estava lá!)


(Vale do Anhangabaú - Gemeos)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

meu aniversário

25 anos



À Palo Seco
(Belchior)


Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo eu me desesperava
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 76
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português

Tenho 25 anos de sonho, de sangue
E de América do Sul


Por força deste destino
Um tango argentino
Me vai bem melhor que um blues
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 76
Eu quero é que esse canto torto feito faca
Corte a carne de vocês

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Batom Vermelho
(Mallu Magalhães)


Pode falar, que eu não ligo,
agora, amigo,
eu tô em outra

eu tô ficando velha,
eu tô ficando louca.


Pode avisar qu’eu não vou,
ôoo, eu tô na estrada
eu nunca sei da hora
eu nunca sei de nada.

Nem vem tirar meu riso frouxo
com algum conselho,
que hoje eu passei batom vermelho
eu tenho tido a alegria como dom
em cada canto eu vejo o lado bom.

Pode falar , não me importa
o que eu tenho de torta
eu tenho de feliz,
eu vou cambaleando
de perna bamba e solta.

Nem vem tirar meu riso frouxo
com algum conselho
que hoje eu passei batom vermelho
eu tenho tido a alegria como dom
em cada canto eu vejo o lado bom

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meus parabéns!

Aos desavisados, sou chata. No dia do meu aniversário, então?! Isso fica com lente de aumento. A partir de agora pretendo fazer um pequeno resumo do meu dia de aniversário. Não é um dia qualquer, não é um dia como os outros. Porque, simplesmente não quero que seja, fazer aniversário, pra mim, necessariamente precisa ser especial.

Diferente dos últimos anos, não chorei. Talvez seja o peso de fazer 25 anos. Talvez seja a responsabilidade. Talvez seja alguma coisa que eu não sei.

Acordei cedo. Adoro acordar cedo. Principalmente no dia do meu aniversário. Planejei algumas coisas, por exemplo, fazer o meu bolo, que teve alguns imprevistos, mas saiu com a ajuda de uma amiga. Gostaria de lembrar que já são oito anos sem comemorar o aniversário perto da minha família, são oito anos sem comer o delicioso bolo de aniversário da minha Mãezinha. São oito anos de saudade.

Planejei também fazer uma postagem, meio de qualquer jeito no blog, só pra ficar com a data certinha do meu aniversário.

Trabalhei na parte da tarde e foi ótimo receber vários “parabéns”, saúde, amor, paz, sucesso. Abraços, beijinhos, carinhos, sorrisos. Foi ótimo receber ligações, mensagens, beijinhos de irmão bebê pelo telefone, que amor.

Foi ótimo a visita das amigas e do amigo. O carinho das pessoas que estão mais perto de mim, nesses últimos anos.

Foi um dia alegre. Mais um ano de vida. Adoro essa alegria de celebrar a vida.

domingo, 19 de junho de 2011

Lulina



Conhecendo Lulina.

Providência

Churrasco na Providência da Agência de Redes para Juventude. Nossos anfitriões tão gentis nos guiaram pra conhecer seus mirantes, a vista da Providência é alucinante, relógio da central do brasil, ponte rio-niterói, cristo redentor, luzes muitas luzes. Não preciso de Paris quando tenho a Providência.

Conversamos muito sobre trabalho, sobre projetos, sobre ação na vida. Estamos agindo, estamos juntosemisturados.

Adorei as pessoas. Só gente boa. Adorei a noite.


eu e Bárbara


eu e Bruno


mirante (por Silvana Bahia)

sábado, 18 de junho de 2011

nosso sonho

Claudinho & Buchecha



Naquele lugar, naquele local, era lindo o seu olhar
Eu te avistei, foi fenomenal
Houve uma chance de falar
Gostei de você quero te alcançar

...

Na Praça da Play-Boy, ou em Niterói.
Na fazenda Chumbada ou no Coez.
Quitungo, Guaporé nos locais do Jacaré.
Taquara, Furna e Faz-quem-quer.
Barata, Cidade de Deus, Borel e a Gambá.
Marechal, Urucânia, Irajá.
Cosmorana, Guadalupe, Sangue-areia e Pombal
Vigário Geral, Rocinha e Vidigal
Coronel, mutuapira, Itaguaí e Sacy.
Andaraí, Iriri, Salgueiro, Catirí
Engenho novo, Gramacho, Méier, Inhaúma, Arará.
Vila Aliança, Mineira, Mangueira e a Vintém.
Na Posse e Madureira, Nilópolis, Xerém.
Ou em qualquer lugar, eu vou te admirar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

motivo

(Cecília Meireles)

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
(nem) sou poeta.


Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.


Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.


Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

Universidade das Quebradas

Aula sobre cordel.

Por Aderaldo Luciano, sobre o universo acadêmico brasileiro, "é muito Heidegger pra pouco Gilberto Freire".

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no século XIX éramos franceses
no século XX éramos americanos
no século XXI não temos identidade

(Ariano Suassuna)

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Aula sobre o processo de educação indígena no Acre.


Tudo passa

Passam os anos, passa a vida,
passa o tempo, passam as coisas,
passam perto de mim as pessoas,
passa dentro de mim o amor.

Por que isso comigo se passa,
se já nem sei mais quem sou?


(Miguel Panemaxeron Suruí)


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Site das Quebradas.

http://www.universidadedasquebradas.pacc.ufrj.br/

my love

Acordei com o meu amor. Comecei o dia um pouco mais feliz do que o comum, um pouco mais feliz do que os outros dias.


Se te quero é porque és
meu amor meu cúmplice
e tudo mais
e na rua ombro a ombro
somos muito mais que dois

tua boca que é tua e minha
tua boca não se equivoca
te quero porque tua boca
sabe gritar rebeldia...

Te quero em meu paraíso
quer dizer no meu país
que a gente viva feliz
ainda que não tenha
permissão

se te quero é porque és
meu amor meu cúmplice
e tudo mais
e na rua ombro a ombro
somos muito mais que dois

(somos nós)

(Mario Benedetti)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Observatório de Favelas

Cheguei no Observatório ouvindo ali embaixo da passarela em alguma barraquinha de camelô "shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar / shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar". Dia bom de trabalho na Maré.


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ps.: Blog de trabalho atualizado.

http://www.agenciarj.org/user/358

sábado, 11 de junho de 2011

Se eu soubesse

Encontro com os Doutores

Já fui dormir enlouquecida e claro muito ansiosa para esse encontro. Nessas horas vem um monte de coisas na minha cabeça. Principalmente o medo de não conseguir acordar. Pois é, nunca falei sobre isso por aqui, sobre o meu sono.

Eu e meus irmãos somos muito dorminhocos. Ou seja, adoramos dormir. Eu tenho uma pequena diferença, adoro acordar cedo e tenho uma certa facilidade. Ou seja, sofro menos em relação ao acordar cedo. Sem falar a minha preferência pela manhã, minha cabecinha funciona melhor no início do dia, com raras exceções.

Mas, atualmente moro num lugar que perturba meu sono mais precisamente as sextas e sábados. Por isso, tenho dificuldade pra dormir, logo dificuldade pra acordar. Ou sei lá.

Voltando ao título dessa postagem e a minha necessidade de escrever sobre esse acontecimento de hoje, foi realmente incrível. Foi lindo toda a mistura, toda a disponibilidade e interesse dos doutores em relação aos jovens e seus projetos. Os doutores querendo cavar, cavar... e os jovens tão esforçados querendo se esburacar, ou melhor, deixando se esburacar. Poros.

Pra mim, como sempre, mais aprendizado. Mais buracos, furos, poros. Mais vida.

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ps.: de tão ansiosa devo ter engordado alguns quilos, porque comi muito hoje.

no canto

eu tô

tô aqui do meu lado

eu tô

tô aqui do teu lado

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ps.: no canto = em casa.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

sem mais

"As meninas boas vão para o céu. As más vão para onde querem".

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Aniversário da minha Maninha


(Maninha com seus super poderes de Homem-Aranha)

"Feliz aniversário meu amor, desejo que você seja muito feliz!"

Hoje meu dia é pensar na minha irmã, aquela que eu amo mais que tudo, aquela que foi a caçula até bem pouco tempo, e que por parte de Pai já não é mais. Mas, por parte de Mãe será sempre a nossa "baby".

Queria tanto está com você, queria tanto te apertar, te abraçar, te amassar, te beijar. Porque eu te amo (pra sempre).

Maninha,


Como te amo tanto!
Como te amo muito!
Como te amo sem parar!
Como te amo para sempre!
Como te amo sem esperar!
Como te amo plenamente!
Como te amo agora!
Como te amo incondicionalmente!

Porque simplesmente amo te amar. (e ponto).

Beijos, abraços e carinhos sem ter fim!





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eh! Aniversário do meu tio Cristiano também.

domingo, 29 de maio de 2011

Honestidade

Deve ou deveria ser uma necessidade humana.
Deve ou deveria ser uma condição humana.

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Dicionário:

honesto

Adjetivo.
1.Honrado, digno.
2.Íntegro, probo.

sf. ho.nes.ti.da.de

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"O mais difícil para um homem honesto não é cumprir o dever, é conhecê-lo".

"Aquele que perde a sua honestidade já não tem mais nada a perder".

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"Viver feliz não é mais do que viver com honestidade e retidão".

(Cícero)

Leon

Trotsky


Ontem vi uma bandeira do Trotsky na Escola Livre da Palavra. E me veio em pensamentos, no meio daquela gente toda, um tempo que não volta mais.

O tempo que vendíamos camisetas no sinal. Éramos militantes. Éramos revolucionários. Éramos utópicos. Éramos uma tropa.

Eu particularmente gostava muito da camiseta que tinha a foto do Trotsky com a seguinte frase:

“Ela virá, a revolução conquistará para todos o direito não somente ao pão mas à poesia”.



Hoje não vendo mais camisetas no sinal. E não sei mais se acredito em revolução. Ainda que segundo Trotsky "as revoluções são impossíveis até que se tornem inevitáveis".

Hoje tenho novos companheiros e me arrisco em tentar colocar um bloco de samba na rua. Me arrisco muito. E erro mais.

Obrigada amigos (de luta).

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(foto antiga)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

quinta-feira, 26 de maio de 2011

coisas do rio

No rio é assim:

posso conseguir entrar no show do Arnaldo Antunes, de graça, e preferir não ficar ali;

posso ver o Paul McCartney, por acaso, no Copacabana Palace;

posso demorar horas pra pegar um ônibus em Copacabana pela péssima implantação de um novo sistema, que pensa em tudo, menos na população civil;

posso ver gente brigando no ônibus, dando crédito para "cobradores e motoristas", que infelizmente não conseguem perceber que também são explorados e que passe-livre estudantil e gratuidade na terceira idade (passe-livre para idosos) são direitos e não favores.


sempre

(sou muito revoltada com o transporte público no Brasil, pelo simples fato de não ser público, para além de toda corrupção que envolvem as empresas de ônibus)