sábado, 30 de junho de 2012

Dagguinho! Feliz Aniversário!


Maninho!

...era o caminho para uma aproximação entre nós mais espontânea e talvez reveladora...

Hoje é aniversário do meu imão mais velho. Parabéns! Ele não tem facebook, o que só aumenta meu orgulho por esse ser. Talvez não precisasse nem expor aqui os meus parabéns. Um telefonema bastasse para parabenizá-lo. Mas sinto uma necessidade enorme de dizer o quanto essa pessoa é importante na minha vida. E acho que um dia especial, pode ser o momento mais adequado e possível de formalidades.

Cresci com ele no meu pé, ou eu no pé dele. Já não sei?! O que sei é que ele me ajuda, sempre, a me tornar mulher. Ele tira todas, ou quase todas as minhas dúvidas sobre os relacionamentos amorosos. Ele me diz, o que é um comportamento adequado. Ele me pede, carinhosamente, pra eu falar mais baixo, quase o tempo inteiro, e isso não me incomoda. Ele faz piadas bobas, só pra me ouvir sorrir. Ele me levava no dentista. Ele cozinhava o arroz, ele fritava o bife. Ele não dorme, hiberna.

Ele demonstra seu amor sem eu nem perceber. Ele quer que eu o acompanhe só pra me agradar. Porque adoro conhecer os seus amigos. Vai que eu me apaixone!? Muitas roupas dele foram passadas pra mim, na nossa infância-adolescência.

Ele é o melhor jogador de futebol do mundo (nos times de várzea). Ele tem um gosto musical refinado, as vezes. Puxou um tipo de organização muito parecida com o Paizinho. Ele se preocupa comigo, e com as minhas “maluquices”. Sei o quanto me observa e tem um olhar clínico para, quase, tudo que eu faço ou apronto. Tenho na lembrança inúmeros momentos nossos dos diálogos mais eficazes pra minha vida. Vou relatar um desses, certa vez eu tinha muitos exercícios de química para fazer, e não conseguia chegar na resposta certa; muita dificuldade. A Mãe pediu para que ele me ajudasse a resolver os exercícios e ele o fez, quando viu que eu “não entendia muito o que parecia meio óbvio”, me perguntou: - Talitta, como você passou de ano?! Não é possível! Rsrs... Hoje acho graça de muitas coisas! Mas ele é um dos seres humanos que mais admiro na vida. E ele sabe o quanto sou grata por tudo sempre. Ele é o meu Maninho, o primogênito, o que tem o nome diferente e lindo – Daggo –. O melhor irmão. Meu amor é todo teu!

Quero te desejar tudo de bom nesse dia especialmente, e em todos os outros da tua vida. Você merece as melhores coisas do mundo.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

meus 26 anos

Em breve publicarei algo mais específico. Por ora adorei esse conto quando eu li.

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Por Lygia Fagundes Telles,

Disco Voador

Ubatuba é uma deliciosa praia do litoral paulista: despojada, simples, ela como que se preservou das tentações de um mundanismo sofisticado e lá se conserva com suas praias ainda intactas e sua cidadezinha de sabor colonial: muitos barcos de pesca, muita batida de maracujá, muita banana-ouro e prata, muita bananada do tipo caseiro. O cinema à noite com velhos filmes de terror. O parque de diversões com sua roda-gigante e suas barracas de tiro ao alvo de inatingíveis alvos. E o silêncio.

Foi do terraço de uma casa nessa praia que Paulo Emílio, o jardineiro e eu vimos um objeto não identificado e que se convencionou chamar de disco voador.

Hesitei em narrar esse episódio porque pude bem imaginar os sorrisos e os olhares desconfiados das pessoas fazendo aquelas caras, disco voador? Tudo invenção de ficcionista, é claro? Acabei me decidindo: uma escritora não pode se recusar a dar testemunho de fatos do seu tempo.

Dia 5 de fevereiro. Três horas da tarde. Estirada numa cadeira de lona eu lia um livro de poesias e ouvia – era bom de ouvir – o barulho das ondas batendo espumosas nas pedras que se erguem defronte do terraço que dá para o mar alto. Céu cinzento, a névoa baixando como uma lâmina de aço até a linha do horizonte. Calor e calma. Então ouvi Paulo Emílio, que estava sentado ao lado, dizer num tom de voz meio vago: “Olha lá... Tem uma coisa no céu”. Prossegui lendo e logo ele retornou: “Está brilhando tanto! Vai ver é um disco voador”. Respondi sem erguer o olhar: Dê-lhe minhas lembranças.

Mas ele se levantou de repente, assim num susto, a voz emocionada: “Depressa! Venha ver!...”. Levantei-me e olhei na direção que ele indicou: uma grande luz branca, de forma irregular, cintilava como uma estranha estrela no fundo de aço do céu. Como uma estranha estrela porque era maior do que uma estrela. A luz mais clara, sem as cintilações vermelho-azuladas, luz branca feito a luz de um raio, imóvel no primeiro instante. Porque logo em seguida iniciou um movimento de deslocação para a esquerda e para o fundo do céu. Um helicóptero? Foi o que me ocorreu no primeiro momento. Não, não era um helicóptero. Um balão? Não, nunca um balão faria aquele movimento que se acelerava tanto que tive a impressão de que a coisa ia cair no mar. Mas assim que ficou alguns dedos apenas acima da linha do horizonte, a coisa começou sua marcha da esquerda para a direita, apagando e acendendo, apagando e acendendo num ritmo de pulsação tum-tum, tum-tum – um coração silencioso palpitando rápido e fugindo, levantei a mão e fui abrindo e fechando os dedos para imitar seu palpitar, tum-tum, mais longe ainda! Tum-tum – gritei pelo jardineiro que estava lidando com suas folhagens, Depressa, venha ver depressa. Queria o testemunho de um caiçara tosco. Foi a terceira testemunha: pôs as mãos em concha em torno dos olhos, estava vendo, sim, representava uma estrela mas como uma estrela pode andar desse jeito e no dia claro?

Quanto tempo teria durado essa segunda fase do objeto acendendo e apagando compassadamente na sua marcha horizontal? Dois minutos: três? Foi como se a Terra tivesse parado, tudo parado em redor, o mar petrificado, os pássaros mudos, nem brisa nem folha, também nós estáticos – só a luz branca se movendo na amplidão, o acender cada vez mais reduzido, não passava agora de um pontinho do tamanho da cabeça de um alfinete. Desapareceu.

Um meteoro? Um satélite? Ou a explosão de uma estrela? Mas aquele movimento regular da luz apagando e acendendo na sua marcha controlada como uma lâmpada – aquele movimento de um coração mecânico. E então? Decididamente, o que há entre o céu e a terra ultrapassa nossa vã enumeração.

(do livro, A disciplina do Amor)

domingo, 17 de junho de 2012

Girassol

Chegou meu Gira Girassol. Lindo.

gi.ras.sol

Substantivo masculino. Bot.

Planta das compostas, de grandes flores amarelas e frutos (pop. ditos sementes) que fornecem óleo comestível; helianto. [Pl.: –sóis.]

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a dúvida não desinflama



enquanto a gente não se der

Rocinha + Luiz Eduardo Soares

ainda digerindo

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Escutar Luiz Eduardo Soares quase dois anos depois fez toda diferença.

sábado, 16 de junho de 2012

por algum outro olhar

Para e olha pra mim
Para e deixa pra lá
Deixa eu entrar em você por algum olhar

Deixa eu gostar de você
Teus medos posso curar
Deixa eu levar tua vida pra outro lugar

Para e olha pra mim
Vê que já basta olhar
Deixa eu plantar um carinho no teu peito inquieto


sexta-feira, 15 de junho de 2012

vazio

as vezes me sinto tão oca

e tão cheia de vazios

fala (2)

importante conseguir continuar falando

(14.06.12 / quinta-feira)

domingo, 10 de junho de 2012

cinema


Domingo é dia de cinema. Faz tempo que não conto dos filmes que assisto por aqui. Faz tempo que não conto muitas coisas. Períodos esquisitos. Eles passam. Sempre passam. Mas tenho assistido filmes. Esse foi o de hoje. Lindíssimo. Levíssimo.

"Vamos nos tratar informalmente!? Sim."

sexta-feira, 8 de junho de 2012

fala

fa.la

Substantivo feminino.

1.Ação ou faculdade de falar (1).
2.P. ext. Emissão de sons por animais; voz.
3.Timbre da voz; voz.
4.Discurso (1).

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Hoje eu falei e parece que saí do lugar.

Esses dias tenho tido sonhos estranhos. Na verdade acho que os sonhos são estranhos para todos. As vezes fico muito tempo sem lembrar e nem dou atenção. Mas ultimamente está demais. Essa noite vinha uma pergunta, "aquilo que me move?", ou "o que me move?". E eu tentava responder. Eram muitas pessoas me perguntando. Lembro de uma resposta, "acho que sou movida pelo medo". Mas eu pensava em outras respostas que agora não lembro. Foi bem confuso. Ando bem confusa ultimamente, deve ser o mês de aniversário. Cheia de dúvidas. E essa publicação nem era pra ser sobre isso. Mas vou deixar assim. Está bem íntima. Qualquer coisa eu mudo depois. (Acho que sou movida pelo erro)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Aniversários

para a melhor irmã do mundo

O mês de junho é o nosso mês! E lá vou eu demonstrar todo meu amor pela irmã que tenho. Hoje é o aniversário dela. Nosso irmão, Daggo, adora falar uma frase pra mim, que é assim: “Talitta, quando você nasceu eu já andava”. Hoje vou dizer pra você: - “Maninha, quando você nasceu eu já andava e o Daggo já falava”. Feliz Aniversário.

Pelas minhas contas esse deve ser o seu nono aniversário sem a minha presença. E tenho certeza que a distância não mudou nada nosso sentimento. Só nos fez amadurecer e nos tornarmos pessoas melhores. Se é que isso existe! Resolvi fazer um apanhado de coisas pra te desejar um dia especial.

Primeiro dizer que só consigo enxergar tuas qualidades. É impressionante como tenho facilidade para ver o lado bom das pessoas, talvez essa seja a minha qualidade. Há muito tempo você me escreveu um texto lindo que guardo com muito carinho e que me ajudou a ver tudo de outro ângulo. Por isso, depois que conheci essa frase “teu olhar melhora o meu”, não canso de reproduzi-la pra você. Serei eternamente grata por você existir na minha vida, do jeito que você é. E ser a melhor irmã do mundo pra mim.

Aquela que se irrita com o meu riso, e não tem vergonha de me pedir um abraço. Aquela que olha nos meus olhos e não precisa dizer mais nada. Aquela que me explica a mesma coisa milhões de vezes, porque compreende meu excesso de dispersão quase ‘naturalmente’. Aquela que canta todas as músicas comigo. Que acorda cedo quando eu peço. Aquela que me enche de referências intelectuais. Aquela que não tem paciência para alguns dos meus amigos, e de outros até não gosta muito. Aquela que tem um nível de inteligência acima da média. E não tem vergonha da sua irmã medíocre, porque sabe que a irmã medíocre não é muito chegada a estereótipos e “pejorativismos” (ser medíocre, ser mediano, na média, na medida, no meio; não pode ser ruim). Aquela que é séria quando necessário, e alegre quando não consegue ser séria. Aquela que me escuta, me entende e me aconselha. Aquela que chora escondida, porque na minha frente é uma fortaleza. Aquela que é irmã e amiga. Aquela que é amor e dor. Aquela que guarda os meus segredos e tenta me poupar dos dela. Aquela que é corajosa, que tem os sonhos mais loucos e os realiza. Aquela que gosta de museus e exposições. Que gosta de shows e gosta de andar, como eu. Aquela que é bibliófila e tem super poderes de homem-aranha. Aquela que quase não têm medos e me parece muito mais destemida a cada ano que passa. Aquela que também está ficando “velha e louca”, como todos. Te desejo sempre o melhor da vida todos os dias. Porque você merece. E conte comigo sempre que quiser e precisar. Eu te amo muito e não cabe aqui o meu amor.


para o Tio Cristiano

Tio Feliz Aniversário! O surfista e capoeirista mais bonito do Campeche. Aquele que faz as pizzas mais incríveis, os melhores churrascos, e que sabe cuidar de um jardim como ninguém. Além de ser um excelente Marido e Pai. Tenho o maior orgulho de ser sua sobrinha. E quero te desejar tudo de melhor nessa data especial. Você é muito importante na minha vida. Saiba disso. Lembro de muitos momentos nossos com alegria. Te amo. Beijo grande. Aproveite o dia!

domingo, 3 de junho de 2012

de Ferréz a Mano Melo

Passando por O amor nos Tempos do Cólera e Guia Afetivo da Periferia.

Isso é FLUPPensa e Sarau de Aniversário da Rafaelle Monteiro de Castro. Isso é vida.

sábado, 2 de junho de 2012

sem título

leviana / volúvel / lunática