sábado, 29 de outubro de 2011

o Palhaço



(o melhor filme do ano entre os que assisti)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

se eu soubesse

naquele dia o que sei agora

Manuel Bandeira

(1886 - 1968)


nas ondas da praia
nas ondas do mar
quero ser feliz
quero me afogar

nas ondas da praia
quem vem me beijar?
quero a estrela-d'alva
rainha do mar

quero ser feliz
nas ondas do mar
quero esquecer tudo
quero descansar

(quero mergulhar nas ondas do mar)

presentes

quase que um diário da casa nova

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A casa vai bem, e realmente venho me adaptando. Hoje passou um anjo por aqui, me trouxe internet, sim já estou com internet depois de perder um pen drive na lan house, e interfone, sim eu não tinha interfone, ou melhor não estava funcionando. Aos poucos, aos pouquinhos as coisas vão se ajeitando, se encaminhando. A vida vai tomando formas, diferentes, contornos mais claros, cores mais fortes. E o sol sempre volta.

Sou totalmente grata, as visitas, talvez não as opiniões que são muitas. Mais sim, gosto muito de ouvir aqueles que estão tão felizes por mim, por eu está passando por isso, vejo em seus olhos, como gostam de ver e acreditam que esse momento só me fará bem, que realmente é uma oportunidade única e que acreditam que eu serei mais feliz. Escuto estes, amigos, conhecidos, familiares, com atenção, com carinho, com o coração.

E são tantos presentes. Também sou muito agradecida por isso, já ganhei copos, ganhei escorredor de arroz. E os presentes mais importantes, necessários, imprescindíveis vieram da minha Mãezinha, a melhor Mãe do mundo, sem palavras pra descrever e agradecer esse amor tão lindo.

o sono

quase que um diário da casa nova

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Meu sono também mudou, ainda dependendo do período de adaptação. Não estou conseguindo ter um sono tranqüilo. Por isso, minha mania de acordar cedo está um pouco prejudicada, porque como não tenho uma noite de sono profundo, acabo acordando cansada e preguiçosa. Mas, isso passa.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Lapa Girl


(fácil me identificar)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

na casa nova

No dia 16 de outubro comprei talheres, foi difícil escolhê-los. Mas consegui. Ando num processo doloroso de adaptação, não queria expor tanto a minha vida pessoal aqui. Mas não tenho com quem conversar, então escrever foi minha solução para não pirar. Estou morando sozinha pela primeira vez na minha vida.

Falei sobre o processo de adaptação doloroso e pretendo botar pra fora isso aqui. São muitos choques e a escrita vai ficar confusa... enfim, vamos lá. Primeiro de tudo estou sem internet e no mundo de hoje viver sem internet é uma das coisas mais difíceis. Como tudo tem o lado bom, pra mim, é não ficar “viciada” na chatice do facebook, preferia não tê-lo (juro), porque simplesmente é impossível não se viciar. Ainda, não consegui resolver e instalar uma internet (barata), de preferência o mesmo valor da que eu tinha, e esse assunto (internet) é uma das pequenas labutas. Porque, agora, cuido de uma casa inteira, pequena, porém uma casa.

O segundo é que nunca foi meu sonho ou minha prioridade morar sozinha. Hoje tenho mais certeza, as circunstâncias caminharam para isso. Todas as possíveis pessoas (amigos, conhecidos) que eu poderia morar, optaram por morarem sozinhas ou com seus respectivos companheiros (casamento), constituir família (um dos meus projetos de vida). Antes, de escolher morar sozinha, sei que escolhi e sou totalmente responsável por isso, tinha a intenção de voltar a morar na casa da minha Mãe, durante muito tempo essa foi minha primeira opção. E uma amiga me falou que era muito compreensível isso, porque eu ainda não tinha uma família, isto é, não tenho um companheiro, marido, namorado, para começarmos uma família.

Continuando no processo de adaptação, sou uma pessoa extremamente comunicativa, adoro conversar, conversar de verdade, falar horas e horas sobre assuntos, coisas, idéias, reflexões, sou apaixonada pela linguagem. E isso é uma das loucuras de morar sozinho, não temos com quem conversar. Meu vaso sanitário faz uns barulhos esquisitos, e toda vez que ouço seu barulho penso: “ah pelo menos o vaso se comunica comigo”. Também gosto do silêncio, isso é uma vantagem de morar sozinha, e uma das melhores vantagens, ninguém e nada, ou quase ninguém ou nada, te perturba. Pelo menos não diretamente.

Estou curiosa para saber quanto tempo dura esse processo de adaptação. Em quanto tempo ficarei bem com todas essas questões. Acho que só depende de mim mesma. Depende de saber lidar com essa solidão (que talvez eu tenha escolhido indiretamente). Sim. Mas, não escolho ser sozinha.

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Obs.: Primeira visita! No dia 09 de outubro de 2011, domingo, Luciana Bastos veio me visitar. Querida amiga.

domingo, 9 de outubro de 2011

casa nova

Um dia eu conto. Casa nova, mas sem internet.

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Como prometido meus textos sobre a casa nova. Provavelmente meu blog se encaminhará para contar sobre essas novidades, já que estou passando por um momento intenso de encontro comigo mesma, continuo fugindo e a cada dia tenho mais medo de mim.

Casa Nova

Minhas impressões. Cheguei nessa casa, com toda a minha mudança no dia 04 de outubro de 2011. Mas, não pude dormir na casa porque estava sem chuveiro. Então, cheguei de verdade na casa nova a partir do dia 05 com muitas implicações. “Adultei de vez”, começo a pensar que estou num dos momentos mais difíceis da minha vida. Sem dramas, frescuras e bobagens. É só porque estou passando por um momento de sustentar e acreditar nas minhas escolhas. São escolhas muito diferentes de quando eu tinha 15 e 17 anos, momentos tão marcantes quanto.

Pois é, aos 15 anos passei as férias mais inesquecíveis e conturbadas da minha vida com a realização do meu sonho de conhecer a cidade maravilhosa. Voltei para Floripa com a certeza de que iria encarar o Rio de Janeiro de frente. Só não sabia quando?

E esse quando veio mais rápido do que eu esperava. Prestes a completar 18 anos, com direito a emancipação (fui emancipada), cheguei no Rio para ficar, também não sabia até quando. Eram tantos sonhos, tantos planos, insisto até hoje neles. As vezes fervorosamente, as vezes “devagar e sempre”.

Já são quase oito anos e “temo” em dizer que “carioquei” de vez, acho que nem eu esperava tanto. São muitas histórias pra contar, foram muitas casas em que morei, muitas pessoas que conheci. E não sei quem escolheu quem?!

Estou com 25 anos cheia de sonhos, mais perdida do que nunca. Mas, amadurecendo sempre.