liga e desliga

Ai, ai! Tanta coisa para colocar para fora que não sei nem por onde começar. Ando reflexiva demais. E isso para mim, como quase tudo tem os dois lados.

Um é o fato de ficar pensando sobre tudo que falo, como ajo, o que sinto. Me questionando diariamente, cotidianamente.

O outro é o fato de não querer pensar nada, em nada, em ninguém. E me isolar desse mundo que me consome, mesmo que eu não permita.

Quero inventar o meu mundo, as minhas pessoas, o meu lugar. Sei que não tenho cinco anos e que a fase do egocentrismo já passou faz tempo. Mas quando penso em mim, não acho que estou sendo egocêntrica, só acho que estou permitindo me conhecer cada vez mais.

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Sabia que as vezes agradava muito. E sabia também que conseguia ser insuportável. Mas não sabia quando escolhia ser uma ou ser outra. Elas surgiam a medida que as coisas aconteciam. Não eram robôs, e não podiam serem controladas com um botão de liga e desliga.

E o fato de não ser robô era o que tornava tudo mais interessante. Era o que fazia os olhos brilharem. Sabia o quanto era importante sentir a verdade dentro de si. Não queria forçar nada. Não queria que nada parecesse de mentira. Quer, por mais dolorido que seja, a sinceridade na frente de qualquer sentimento.

Que seja sincero, e seja amor
Que seja sincero, e seja alegria
Que seja sincero, e seja dor
Que seja sincero, e seja rebeldia
Que seja sincero, e seja horror
Que seja sincero, e seja todo dia

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Um pouco de Martha Medeiros

"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto."