sábado, 13 de novembro de 2010

com.posições.políticas

Estou participando de um seminário que acontece dentro do festival panorama de dança. Hoje foi o segundo dia de seminário e minha cabeça está a mil, por necessidade de botar pra fora o que tenho dentro de mim. Resolvi me expressar por aqui. O seminário termina no feriado de segunda-feira e talvez depois volte para comentar sobre algo mais ou não.

Alguns temas:

O que significa fazer arte política hoje?

Daniela Labra trouxe a seguinte questão: Onde estão os subversivos? (imagens comentadas) – Para Daniela perguntei uma coisa que eu e minha irmã conversamos muito. Como que a curadoria escolhe dentre as obras pensadas, feitas, produzidas pelo artista destinadas a experimentação, intervenção, interação com o público (só desse jeito é que a obra se realiza); o curador escolhe ou seleciona aquela que assim será e muda toda a perspectiva das outras que ficam para serem observadas. É uma questão para pensar, debater, etc. A Daniela me respondeu que isso não diz respeito, diretamente, a curadoria e que é uma questão muito mais complexa. Então, perguntei para pessoa errada. Por isso, eu e minha irmã continuamos sem resposta.

Marcelo Expósito fez uma fala muito politizada, crítica e fora de eixo, o que acho muito positivo, acho o desequilíbrio necessário quando falamos de política. Cheio de perguntas. Sobre o tema, Expósito abordou sobre os signos, símbolos dos movimentos sociais que considera relevantes e comentou imagens impactantes. Para Marcelo fica a minha afinidade em relação ao seu modo de pensar politicamente.

O desafio é politizar o corpo que dança

A minha mesa mais esperada e de onde vem essa necessidade de escrever sobre o tema. Minha questão (ou questões) acho que é bem simples. Não fiz pergunta, porque fiquei com vergonha. Sou de uma família politizada, de uma família que fez e que faz política, para ser mais específica, política de esquerda. Sempre tive interesse por política, comecei a militar no movimento estudantil muito cedo, etc. E também estive envolvida com a arte, especificamente a dança, desde muito nova. Porém, não entendia ou não sabia como era ou como ser um corpo político em cena, ou ser um corpo político.

Depois de estudar dança, e depois que cresci mesmo, amadureci, entendo e compreendo que para quem tem uma relação muito próxima com a política, age (ainda que não acredito ser naturalmente) e atua politicamente. Independente de sua escolha, digo artística ou não. Então, me pergunto: e para aqueles que não tem uma familiarização com a política, como fazer para politizar o corpo que dança? (continuo sem resposta).

Quem sabe até o final do seminário eu saiba.

http://www.cpp.panoramafestival.com/

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