domingo, 23 de janeiro de 2011

Apalpe - 2011


Foi tudo lindo! A lá Caetano: “O Rio é lindo! A Bahia é linda!”

Dia 20/01

18h – Sarau Apalpe


Cheio de apresentações, as mais diversas e variadas possíveis. Nesse momento apresentei a minha pesquisa coreográfica – Arrabalde – que foi adaptada para o evento.

Destaque para a performance do Jojo (Jorge Freire) e sua esposa Diva. Arrasaram!

Dia 21/01

16h – Roda de debate sobre o processo criativo das oficinas Apalpe.


Com: Écio Salles (mediador), George Araújo (participante) e Rafaelle Castro (participante).

Foi ótimo ouvir deles as inquietações acerca do processo. Particularmente, adoro ouvir mesas de debate.

18h – Processo. Vídeo Guia Afetivo

Apresentação de filmes (animação) inspirados no livro Guia Afetivo da Periferia (Marcus Vinicius Faustini).

Destaque para o filme Guia da Periferia Afetivo, que já postei aqui no blog, meu preferido.

20h – Processo. Cenas

Apresentação teatral de cenas com textos produzidos na primeira fase do Apalpe. Participei desse processo interpretando o texto, Contos da Manhã de Luciana Meireles.

Destaque para a interpretação de Luciana Bastos e Leandro Santanna, com o texto No ponto de Rafaelle Castro. Que foi sucesso de crítica e público. (Eles merecem! Meus queridos!)

Dia 22/01

16h – Oficina com Sérgio Vaz (Cooperifa / SP)


Tive o privilégio de participar dessa oficina e não tenho palavras para descrever a grandeza que é o poeta Sérgio Vaz, conhecê-lo e ouvi-lo é a vida na sua qualidade mais límpida. Foi maravilhosa a oficina.

Destaque para o poema dele:

Os miseráveis – Sérgio Vaz

Vitor nasceu no jardim das margaridas
Erva-daninha nunca teve primavera
Cresceu sem pai sem mãe sem norte sem seta
Pés no chão, nunca teve bicicleta

Já Hugo não nasceu, estreou
Pele branquinha, nunca teve inverno
tinha pai, mãe, caderno e fada-madrinha

Vitor virou ladrão
Hugo salafrário
Um roubava por pão
O outro para reforçar o salário
Um usava capuz
O outro gravata
Um roubava na luz
O outro em noite de serenata
Um vivia de cativeiro
O outro de negócio
Um não tinha amigo, parceiro
O outro sócio

Retrato falado Vitor tinha cara na notícia
Enquanto Hugo fazia pose pra revista
O da pólvora apodrece impenitente
O da caneta enriquece impunemente
A um só resta virar crente
O outro é candidato a presidente.


Toda vez que escuto me arrepio.

19h – Programa Apalpe (auditório)

Foi lindo!

Pena que acabou. Obrigada.

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