quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Poema da despedida

Mia Couto

Não saberei nunca dizer adeus
Resta ainda tudo, só nós não podemos ser
Talvez o amor, neste tempo, seja ainda cedo
Não é este sossego que eu queria, este exílio de tudo, esta solidão de todos
Agora não resta de mim o que seja meu e quando tento
o magro invento de um sonho
...
Nenhuma palavra alcança o mundo, eu sei
Ainda assim, escrevo.

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"Toda despedida é dor... tão doce todavia, que eu te diria boa noite até que amanhecesse o dia."

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