domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ela

Uma das primeiras amizades que fiz na cidade maravilhosa. Tenho tendência para a sorte ("mais sorte que juizo").
Mais corajosa, mais esperta, mais ligada, mais dona de si e cheia de autoconfiança. Aquela segurança toda, de tamanha maturidade não me intimidou. Só me aproximou de alguém que admirava e ainda admiro.

Ela era paciente com uma menina infantil que queria conhecer o mundo de tão destemida. Um coração puro e aberto para tudo e todos, recheado de bondade, um sorriso largo de uma felicidade sem tamanho. Mas, cheia de choros contidos, cartas escondidas, e bengalas disfarçadas.

Daquela pureza de uma com a vivência da outra nasceu uma amizade linda. Talvez de poucos encontros. Porém, cheios de sinceridade e atenção.

Elas cresceram. Já não são mais as mesmas de quando se conheceram. Já não sonham mais os sonham de outrora. Mas, a amizade está ali inteira, talvez com alguns arranhões. Mas, ela existe.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Poema da despedida

Mia Couto

Não saberei nunca dizer adeus
Resta ainda tudo, só nós não podemos ser
Talvez o amor, neste tempo, seja ainda cedo
Não é este sossego que eu queria, este exílio de tudo, esta solidão de todos
Agora não resta de mim o que seja meu e quando tento
o magro invento de um sonho
...
Nenhuma palavra alcança o mundo, eu sei
Ainda assim, escrevo.

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"Toda despedida é dor... tão doce todavia, que eu te diria boa noite até que amanhecesse o dia."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Voltei


No sentido mais amplo que a palavra possa abarcar.
Voltei para, como meu primo diz, concluir um ciclo.
2010 será um ano marcante, assim como foi o ano de 2004 (ano que cheguei no Rio). E agora em 2010 será o ano de despedida, ano de deixar o Rio.
Pensamentos totalmente desorganizados, cabeça pensando em muitas coisas ao mesmo tempo. Ainda, dores de saudades!!!
Por um lado até acho bom pensar que esse é meu último ano por aqui. Assim, estipulo metas, traço objetivos e foco. Sempre racional, como sou e muito consciente também. De preferência sem sofrimentos e possíveis frustrações.
Por outro lado acho que me fecho para as possibilidades, probabilidades, oportunidades, etc.
E... de repente... deixo a vida me levar. E prefiro pensar que o que tiver de ser será.
Esses clichês nos aliviam de tudo. Adoro clichês (rs)!
Abandonei o blog por um tempo. Na verdade abandonei a escrita.
Sentia a necessidade de escrever, mas a preguiça falava mais alto.
Já pensei em desistir do blog e do orkut. Do orkut já pensei muitas vezes em deletá-lo. Mas durante essas muitas vezes faltou coragem. E também pensei em todos os meus queridos amigos do orkut que são tão legais.
Do blog foi só um pensamento instantâneo. Até porque escrevo aqui a pouco tempo. E ele é meu melhor amigo. Aqui consigo desabafar algumas, poucas, coisas.
Até fico um pouco triste, porque, assim como muitas pessoas, tenho facilidade para escrever quando estou de "saco cheio", triste, angustiada, preocupada, etc. Então, para ele (blog) sou a pessoa mais chata do mundo. Ou melhor, compartilho com ele quase todo o meu lado chato.
Não! Reconheço! Também sou a pessoa mais chata do mundo com alguns humanos.
Enfim, de fato me rendi ao mundo virtual. Só que as vezes acho que perco muito tempo na internet. As vezes acho que é um tempo improdutivo e talvez quando estiver muito claro, para mim, essa improdutividade toda. Quem sabe abandono. Ainda não me incomoda tanto. Porque de alguma forma me aproxima de mim mesma.