domingo, 27 de março de 2011

céu

Eu leio meu horóscopo de vez em quando. Mas, só acredito nas coisas boas. Hoje ele ressaltou a seguinte frase:

É tempo de cuidar da maneira de expressar o que deseja comunicar.

Juro que é o que mais penso nos últimos tempos, mas tenho uma dificuldade enorme de controlar o tom da minha voz e a forma de me expressar, principalmente nos assuntos mais calorosos. Exercício diário.

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Diversão de adulto

Por Martha Medeiros

Uma leitora que assistiu à entrevista que dei recentemente para Marilia Gabriela diz não ter entendido eu ter sido enfática sobre a importância de se valorizar a diversão num relacionamento, já que no primeiro bloco eu afirmei que não era de balada e preferia encontros mais privados. A ela, isso soou como uma contradição.

A leitora, que vou chamar de Carmem, não disse a idade, mas deduzi que ainda estivesse naquela fase em que diversão é sinônimo de festa – uns 19 anos, no máximo. Em tempo: eu gosto de festa. Um aniversário, um casamento, uma comemoração especial. Uma aqui, outra acolá, com algum espaçamento entre elas. Gosto.

Só que, quando falei em diversão, Carmem, falei antes de tudo num estado de espírito. Existe uma frase ótima, que não lembro de quem é, que diz que rir não é uma forma de desprezar a vida, e sim de homenageá-la. Mas atenção pra sutileza: isso não significa passar os dias feito uma boba alegre, dando bom dia pra poste. Trata-se de rir por dentro. De achar graça nas coisas. Mesmo as que não dão muito certo. A essa altura você já deve ter descoberto que nem tudo dá certo.

Parece um insulto falar de diversão com quem, aos 19 anos, deve ser expert no assunto, mas minha tese de mestrado, se eu tivesse que defender uma, seria: gente madura é que sabe se divertir. A verdadeira liberdade está em já ter feito vestibular, já ter terminado a faculdade, já ter casado, já ter tido filhos, já ter conquistado estabilidade profissional, já ter separado (é facultativo) e, surpreendentemente, ainda não ter virado um fóssil.

Com o resto de vida que se tem pela frente, sem precisar provar mais nada pra ninguém, muito menos pra si mesmo, é hora de arrumar a mochila e conhecer lugares que você sempre sonhou conhecer (Fernando de Noronha, quem sabe) e alguns que você nunca imaginou colocar os pés (Mongólia, digamos). Aprender um idioma só pela paixão por sua sonoridade: italiano, claro. Aprender a jogar pôquer ou ter umas aulas de sinuca. Aprender a cozinhar. Caso já saiba, aprender a cozinhar com intenção de abrir um restaurante um dia.

Você deve estar se perguntando: isso diverte um relacionamento? Ô.

Óbvio que é preciso trabalhar feito um escravo para custear toda essa programação, mas nada melhor para um casal do que se manter ocupado em seus ofícios e depois realizar juntos atividades desestressantes e hiperprazerosas, que deixarão ambos mais leves e, não duvide, mais jovens.

Carmem, se divertir é dormir cedo, acordar cedo, trabalhar, suar e arriscar. Pareço louca? Se divertir é isso também, enlouquecer. Festa é bom de vez em quando. E festa toda noite é coisa de gente triste. A vida mundana, ela mesma, é que tem que ser uma farra diária.

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ps.1: Texto lindo. Faz tempo que não posto Martha Medeiros por aqui.

ps.2: Faz tempo, também, que não posto um texto meu. Isso não quer dizer que não ando escrevendo. Mas que ando tímida para expor minhas últimas confissões. Qualquer dia falo um pouco mais de mim, por mim mesma. Por enquanto mostro um pouco de mim, pelas palavras dos outros.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Faz


(Toulouse-Lautrec)

Faz

(Mallu Magalhães)

Diz pra mim
Que vai e volta, mas,
e ouve do peito fundo,
o grito que chama "Faz".

Faz de mim
Mulher do teu coração
Errado tá todo mundo
Dizendo ser contramão

Não tô eu
Querendo tocar você
Se fosse mais um segundo
Já dava até na tv

Pom pom pom - pom pom(x3)
Pom pom pom - pom po-ooom

Diz pra mim
Que vai e volta, mas,
e ouve do peito fundo,
um grito que chama "Faz"

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Aí-há

(Mallu Magalhães)

Aí-há, de haver o dia, amor
Em que eu te espero na mesa
Pra tua surpresa
Eu já passei teu café

Aí-há, eu sonho tanto, amor
Que quase acordo ao teu lado
E dói um bocado ver
Que a cama é para um só

Ai-há é tão forte o choro, amor
De ter luz condenada
Com data marcada
A gente segue a tocar

Aí-há é tão forte o choro, amor
De ter, paixão condenada,
Tão apaixonada
Tem fé que o dia vem.

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Preciso relatar aqui que quando Mallu Magalhães apareceu eu e minha irmã não gostávamos muito dela como cantora. Ainda acho ela uma cantora "esquisita", um pouco desafinada talvez, possivelmente propositalmente. Mas, fui escutando. E como compositora eu gosto muito, porque ela é romântica e adoro as letras de música que escreve. Não entendo, profissionalmente, de música. Essas duas composições dela que postei aqui em cima, hoje, são minhas preferidas. Minha irmã continua não gostando. E minha irmã também me acha um pouco brega. (Ela tem razão, sou um pouco brega mesmo - de vez em quando - as vezes -)

Tom



(para o tom do meu coração)

"Vai, meu coração, ouve a razão
Usa só sinceridade

(...)

Vai, meu coração, pede perdão
Perdão apaixonado
Vai, porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado"
.

domingo, 20 de março de 2011

Barack Obama

no Brasil.


Barack Obama está no Brasil. Gostaria de relatar aqui essa visita histórica. Ainda que seja decepcionante a cobertura um tanto, quanto superficial de jornalismo a que tenho acesso, e que parece dar importância aos modelitos da primeira dama e ao esquema de segurança. Quando deveríamos nos atentar para que tipo de interesse tem nessa visita (?).

sexta-feira, 18 de março de 2011

percebendo

a percepção pode ser cruel

quinta-feira, 17 de março de 2011

O que fica

Então é assim, você fala e eu escuto.

Eu falo, mas não falo tudo.

Não consigo dizer, o que precisa ser dito.

Porque dói demais, esse meu ser esquisito.

quarta-feira, 2 de março de 2011

momentos

Momentos 1

Ando envolvida com os preparativos de mais uma mudança. Espero daqui a pouco que esse vai e vem termine. Espero que eu pare em algum lugar.

Momentos 2

Fui num supermercado buscar caixas de papelão, para minha surpresa, as caixas tinham preço, R$0,25 (vinte e cinco centavos) cada uma. Claro que não comprei, já não basta comprar alimentos por ali.

Momentos 3

Nublado o Rio fica menos encantado.

Momentos 4

Precisando traçar estratégias. Precisando alcançar metas.

Momentos 5

As músicas que escuto, as músicas que escolho são minhas melhores companhias nas horas de sofreguidão. Nos dias para acalanto. Nas noites de solidão.

Momentos 6

Busco não ser triste, mas a maturidade traz sobriedade, traz sombras.

Momentos 7

Porque no vai e vem, eu me levanto. E me estanco.