domingo, 31 de julho de 2011

Noel Rosa



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menina sapeca
levada da breca
moreninha birrenta

não é que duvidam
de vossa inocência (?)

mas têm paciência
que por excelência
pouco importa se duvidam
de nossa amizade

desinteressada e extensa

o que importa
é que ela existe
e é bonita

por isso me orgulho
de te chamar minha amiga.

(Lucas Oliveira / 26.10.01)
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obs.: Ele tocava "conversa de botequim" pra mim.


10 anos (a resposta)

ôh! menino!
que me ouvia por dentro,
que brincava e andava,

pelas ruas do centro.

ôh! menino!
que sabia demais,
que tocava e cantava,

me alegrava sem mais.

ôh! menino!
que a resposta é tardia,
e a lembrança não cansa
de me trazer alegria.

ôh! menino!
do dia da chuva,
dos telefones trocados,
do carinho dobrado,

do sem querer.

ôh! menino!
do almoço bonito,
da batata servida,
da mão estendida,

só querendo te ver.

ôh! menino!
das plenárias freqüentes,
das passeatas presentes,
dos amigos de antes.

ôh! menino!
que gostava de Chico,
e não gostava de sol.
Das leituras constantes,
das tantas amantes,
e do futebol.

ôh! menino!
que a saudade hoje grita,
e me encoraja nos versos!

ôh! menino!
do dia na praça;
muito me orgulho
de te chamar meu amigo.

ôh! menino!
de casa,
da carta,
das músicas,
e do violão.

ôh! menino!
que tocava Noel!

ôh! menino!
dos choros contidos,
dos sonhos escondidos,
dos muitos presentes.

ôh! menino!
dos livros indicados,
dos filmes necessários,
das palavras de sempre.

ôh! menino!
do carinho adorado,
do abraço apertado,

do jeito de ser

paciente.

(02.08.2011)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Salvador Dalí

(1904-1989)


(a rosa)

Tem dias que só Salvador Dalí salva!

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(Marcus Vinícius Faustini)

sábado, 23 de julho de 2011

Pai

Depois de um dia de trabalho. Depois de já despertar para tendências de uma triteza lá escondida, medida. Depois de chateada. Eu precisava de colo, ah família, mesmo longe se faz presente nos momentos mais certeiros. Pai a saudade é grande, mas sentir a tua felicidade me deixa feliz. Ainda que eu chore. Choro de saudade, choro de felicidade, choro porque sei que és o melhor Pai do mundo pra mim.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Blog da minha Maninha

http://historiartelaradaniel.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de julho de 2011

diálogo

Diálogo sobre a Revolução Francesa: as indagações de Watteau, David, Delacroix e Baudelaire.

por Larissa Chagas Daniel

Iniciaremos aqui uma viagem ao tempo, estão reunidos numa sala de estar, personalidades da França dos séculos XVII ao XIX, vamos ouvir o que tem a dizer Antoine Watteau (1684 – 1721), Jacques-Louis David (1748 – 1825), Eugéne Delacroix (1798 – 1873) e Charles Baudelaire (1821 – 1867). A França neste longo período compreendido pela vida destes artistas e pensadores atravessou transformações nas esferas política, social, artística, cultural; não pretendo definir ao expor a construção deste dialogo se estas mudanças foram positivas, e qual legado deixaram, mas detenho-me em localizar as idéias dos aqui apresentados, para posicioná-los como partícipes dessas ações transformadoras.
Numa cronologia didaticamente organizada, principiamos uma breve apresentação de cada personagem. Antoine Watteau (1684 – 1721), nasceu em Valenciennes, em 1702 instala-se em Paris, recebeu por sua produção a denominação de pintor das “fêtes galantes” (festas galantes); é representante do rococó francês, a sua obra guarda características impostas por fatores externos ao autor, mas também seguiu caminhos próprios . Jacques-Louis David (1748 – 1873) nasceu em Paris, este irá produzir uma arte oficia da revolução (Revolução Francesa deflagrada em 1789), tornou-se talvez nas palavras de Arnold Hauser o pioneiro e maior representante da arte classicista . Os dois últimos, refiro-me a Delacroix e Baudelaire, possuíam coisas em comum e encontram-se em vida, momento quase indiferente ao pintor, e decisivo para o poeta . O pintor Eugène Delacroix ( 1798 – 1873) sentia-se atormentado em vida, muitas vezes encontrava-se descontente com suas realizações plásticas, mas continuava sua busca e deixou em seus diários pensamentos e reflexões, referentes a arte de seu tempo. Charles Baudelaire (1821 – 1867) foi escritor, critico de arte, poeta e admirador da obra e de Delacroix, fala-se de Baudelaire como um jovem ousado .

Estão em cena três dos quatro personagens, na residência de Antoine Watteau todos se acomodam numa sala, este cenário um misto de atelier, biblioteca é um ambiente aconchegante, com algumas pinturas e reproduções de obras nas paredes, torna-se familiar a todos reunidos, que conversam por hora amigavelmente, com reservas para acusações e sentimentos contrariados.

Watteau: Estou feliz em recebê-los, como sabem preservo-me muito em meus aposentos , não sou freqüentador das festas galantes, repetidas vezes retratadas em minhas pinturas . Sintam-se à vontade. Delacroix!David!

David: Será um espetacular encontro, são longos anos de história reunidos, muitos assuntos podem vir à tona.

Delacroix: É como digo “tenho assunto para ocupar o espírito e as mãos por mais de 400 anos” .

Delacroix: E aqui estamos, sempre para pensar, dialogar, expor as idéias e conflitos pessoais, representamos juntos parte do legado artístico e cultural da França, será que somos merecedores, dignos de tal reconhecimento?

David: - Quanta preocupação! Importante é continuar trabalhando , refletindo sobre nossas ações. Não estamos prontos, mas devemos ser coerentes com nossos ideais , e deixar que tempo registre nosso legado.

Delacroix: - Gostaria que entendessem meu desespero, “uma vida inteira não me basta para produzir tudo que tenho em mente” !

Watteau: - Meu franco Delacroix! Não se aborreça, nem se aflija tanto com as palavras pronunciadas por David, ele está sempre atarefado com os rigorismos técnicos e clássicos de sua pintura, que se esquece do mundo em que vive, exceto quando se trata dos grandes feitos revolucionários, ou de personagens como Napoleão .

Dealcroix: - Não posso entender este tom de acusação! Eu também preservo e defendo os ideais revolucionários. Não estou contente com o titulo romântico que me concedem, prefiro definir-me como “um puro clássico” . E considero você David “o pai de todas as escolas modernas” !

David: -Tenho pretensões quando realizo o meu trabalho, por isso tanta preocupação com os rigorismos, que entendo como pura apreciação técnica. Quanto ao que dizes Delacroix agradeço!

Delacroix: - David entenda que temos algo em comum! Ficou surpreso? Saiba que a minha pintura “romântica” a sua classicista, ambas inspiram-se na Revolução .

Neste momento adentra a sala o quarto personagem, Baudelaire.

Baudelaire: - O que vemos aqui reunidos nesta simples sala? Seriam frágeis homens, a não ser por este integro cidadão francês que destoa dos outros, pois é a você que me refiro David .

David: - Baudelaire guarde seus elogios ao gênio de Delacroix, o qual você muito admira .

Baudelaire: - Também o admiro, David! Saiba se “Flandres tem Rubens, a Itália tem Rafael e Veronese; a França tem Lebrun, David e Delacroix” !!! Mas afirmo crer “que não estou enganado: o sr. Delacroix recebeu o gênio; que ele caminhe com segurança, que se entregue aos trabalhos imensos – uma condição indispensável ao talento. E que a opinião que exprimo aqui lhe de ainda mais confiança, pois ele é um dos mestres” . Quanto a você que parece carregar no peito o ímpeto da Revolução, esta que causou a todos tantos desenganos. Que ideais você ainda pode defender?

David: - Não entendo porque o uso de tom austero para tratar de assunto que a todos interessa? A Revolução proporcionou questionar toda uma sociedade que vivia a sombra de um passado não tão glorioso . Não posso aceitar, tratar a arte, a pintura a qual me dedico tanto a simples exposição de cenários líricos, de conteúdo frívolo .

Baudelaire: - Se o que dizes trata-se de Watteau, digo-te
Watteau, ce carnaval ou bien dês cours illustres,
Comme dês papilons, errent em flamboyant,
Décros frais et légers éclairés par dês lustres
Qui versent la folie à ce bal tournoyant;

Watteau: - Vejo que o assunto sou eu! Não estou aqui para ser atacado, criticado talvez. Que liberdade pode ter o artista com tantas regras e exigências na sociedade? Eu sou criticado por uns e exaltados por outros por pintar um ideal, não pretendo ser o centro das atenções, mas reconheçam meu trabalho. Peço que observem minha produção, assim como se indaguem sobre o tempo em que vivo.

David: - O tempo em que você vive? Ah! Sim o tempo da monarquia decadente de Luis XIV . Agora me explique o que significa para você pintar um ideal, produzir a arte pela arte?

Watteau: - Explicarei, porém tenho minhas dúvidas se você também não expressa em sua pintura um ideal ? Tenho prazer em pintar, estudar desenho, as técnicas que ainda me faltam, dedico meu tempo ao meu oficio, e de vida tenho pouco.

Baudelaire: - Não sou defensor desta arte, como os revolucionários a denominaram de rococó. Mas também não compreendo a frieza de suas pinturas David? O que faremos se homens como Nerval, Gautier estão a exaltar os feitos de Watteau? Falo isto porque também eu fui instigado pela beleza idealizada nas obras deste, e me detenho no objeto mais cultuados por estes boheme observe a grande obra, que por tanto tempo Watteau trabalhou, falo da: A peregrinação para ilha de Citara!!

Delacroix: - É como costumo dizer a “pintura deve ser, acima de tudo, uma festa para os olhos” . Tenho certeza que esta é também a mensagem de Watteau!

Watteau: - Talvez esta seja a semelhança entre o rococó e romantismo e outros movimentos! Posso concordar, mas é uma semelhança que não aproxima nossas técnicas, mas consiste nos nossos desejos.

Delacroix: - Posteriormente afirmarão que o romantismo foi à verdadeira expressão da Revolução!!! Incapaz de realizar inovações artísticas, a Revolução abriu o caminho para uma arte de fato revolucionaria .

David: - Espero que Watteau me responda a pergunta que havia feito, quanto a arte pela arte. Mas você Delacroix também poderia dizer algo sobre este assunto, pois a produção do século XIX possui um discurso semelhante.

Watteau: - Meu temor em debater alguns assuntos, é pela falta de compreensão de alguns. No tempo em que vivo, ainda há resquícios de uma cultura do gosto, onde ‘belo’ e ‘artístico’ são sinônimos. A arte é a busca do prazer e repouso !!!!

Delacroix: - Não sejamos temerosos, apesar dos ataques! O que querem os românticos, quando produzem suas obras?!?! A emancipação da arte, a oposição aos deleites burgueses !!! É isto que eles desejam, não pense você que compartilho com isto, o exibicionismo, ostentação, este espírito boêmio são odiosos !!!

Baudelaire: - Assunto encerrado!!! Vamos as obras, se o debate é a Revolução eu citaria aqui para observação Marat assassinado, de David; A Liberdade guiando o povo, de Delacroix; e Sob a insígnia de Gersaint, de Watteau. Para explicar a escolha da obra de Watteau, não deixemos de esquecer o detalhe da personagem que guarda no baú o retrato do rei; há um pouco de prazer em inserir tal detalhe, uma afirmação do descontentamento com o regime, não há Watteau???

David: - Você como critico estava aguardando por este momento?!?! E fez questão de definir as obras.

Delacroix: - Não vamos nos prolongar, as características que nos diferenciam estão muito bem expressas nestas obras selecionadas!!!

Watteau: - Estou surpreso com a escolha feita por Baudelaire!!! Este quadro é uma das ultimas produções que realizei .
Baudelaire: - Classicista, Romântica e Rococó. É isto!

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Obs.: Minha Maninha me contou há algum tempo sobre esse trabalho que ela tinha feito. Pedi para me mandar para eu ler. E depois de ver o filme do Woody Allen (Meia Noite em Paris) não resisti em compartilhar.

Woody Allen

domingo, 10 de julho de 2011

Batan

Estivemos no Batan ontem.

Jardim Batan ou apenas Batan é um sub-bairro de Realengo, no Rio de Janeiro. Fica na Zona Oeste, próximo da avenida Brasil. Segundo relatos de moradores antigos, em meados dos anos 50 o Batan na verdade era uma grande fazenda, onde havia criação de gado em uma vasta área de vegetação típica. Inclusive o nome Batan é derivado do nome da árvore de Ubatan, que era bastante comum na época.

(wikipedia)

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A galera da Agência de Redes para Juventude nos recebeu muito bem lá, no bar do Índio fizeram um churrasquinho. Ramon e Joab foram nossos anfitriões. Passeamos rapidamente até uma pedra, um morrinho, para ver a vista, queridos companheiros de trilha Diego, e o casal Rafael e Carol.

Não posso deixar de contar que tive o prazer de conhecer o George, a Yanka, a Lidiane, o Messias, o Rodrigo, e... acho que não esqueci ninguém! Adorei!

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conheci Pearl Jam no Batan

quinta-feira, 7 de julho de 2011

i feel

eu sinto

Escola Livre da Palavra

Curso de Palavra Plástica.

Primeira aula com a professora Beá Meira.


Lapa girl está na área!

sábado, 2 de julho de 2011

Rubinho Jacobina



Ouvi falar dessa música hoje.